Relembre as quatro vezes que aliados de Bolsonaro se envolveram em polêmicas nazistas

Apoiadores tem dado 'cara a tapa' e compactuado por meio das redes sociais os movimentos neonazistas ligados a supremacia branca

Postado em: 10-02-2022 às 12h15
Por: Alexandre Paes
Imagem Ilustrando a Notícia: Relembre as quatro vezes que aliados de Bolsonaro se envolveram em polêmicas nazistas
Apoiadores tem dado 'cara a tapa' e compactuado por meio das redes sociais os movimentos neonazistas ligados a supremacia branca | Foto: Reprodução

Filipe Martins, assessor internacional do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apareceu ao vivo na TV Senado em março do ano passado, fazendo um gesto de “OK” com as mãos de um jeito específico, voltadas para baixo, e mantendo os dedos retos em forma da letra W.

Esse gesto é classificado como “uma verdadeira expressão da supremacia branca” pela Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês), organização dos Estados Unidos que monitora crimes de ódio, e faz referência ao nazimo, regime liderado por Adolf Hitler.

Foto: Reprodução/TV Senado

O caso do assessor da Presidência da República não é isolado. Em pelo menos outras três oportunidades, pessoas ligadas ao presidente Bolsonaro se envolveram em polêmicas ligadas ao nazismo, confira:

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Ernesto Araújo faz analogia com campos de concentração

Em abril de 2020, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, comparou a imposição de medidas de distanciamento social aos campos de concentração nazistas. A analogia foi feita quando o chanceler brasileiro publicou um texto em seu blog pessoal criticando um livro escrito pelo filósofo e psicanalista esloveno Slavoj Zizek.

O Comitê Judeu Americano exigiu um pedido de desculpas do ministro das Relações Exteriores. “Essa analogia usada por Ernesto Araújo é profundamente ofensiva e totalmente inapropriada. Ele deve se desculpar imediatamente”, escreveu o Comitê no Twitter. Os autores do manifesto acabaram retirando esse trecho do texto. Araújo nunca pediu desculpas pela sua fala.

Foto: Reprodução

Sara Winter e bandeira nazista

A militante bolsonarista Sara Geromini passou a usar o sobrenome “Winter” para homenagear uma mulher inglesa que se tornou espiã nazista e integrante da União Britânica de Fascistas. A mulher ostentava a bandeira nazista e nunca foi punida pelos bárbaros crimes cometidos pelos nazistas, ao contrário de outros ingleses que se vincularam ao governo de Hitler.

Sara organizou um grupo chamado “300 do Brasil”, que tinha como objetivo “combater a corrupção e a esquerda no mundo”. O grupo manteve, durante o mês de maio de 2020, um acampamento na Esplanada dos Ministérios.

Durante as ‘rondas’ que pretendia oprimir a ocorrência de manifestos, eles carregavam tochas e se vestiam de branco. A forma de ser portar se assemelhava à Ku Klux Klan (KKK), movimento de supremacistas brancos americanos.

Foto: Reprodução/Facebook

Allan dos Santos e a supremacia branca

Em maio de 2020, o presidente Jair Bolsonaro tomou um copo de leite puro, durante uma transmissão ao vivo em seu perfil no Facebook. Alguns pesquisadores associaram o gesto a uma prática de movimentos neonazistas americanos, que tomavam leite puro (pelo fato do produto ser da cor branca) como símbolo da supremacia branca.

Um dia após o ocorrido, o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, ironizou as críticas recebidas pelo pai e postou uma foto dos atores Lázaro Ramos e Thais Araújo bebendo leite puro juntos. O blogueiro Allan dos Santos, um dos apoiadores bolsonaristas nas redes sociais, repetiu o gesto em uma transmissão ao vivo do seu canal enquanto discutia a ‘admiração’ nos atos do representante.

Foto: Reprodução

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