Estrategicamente, base espera protelar substituição de Aidar na Assembleia Legislativa

Substituição por Max Menezes, que é secretário de Mendanha e menos inclinado à gestão caiadista, preocupa grupo de apoio ao governador

Postado em: 26-02-2022 às 08h54
Por: Raphael Bezerra
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Substituição por Max Menezes, que é secretário de Mendanha e menos inclinado à gestão caiadista, preocupa grupo de apoio ao governador | Foto: Reprodução

A expectativa em relação a ida do deputado Humberto Aidar (MDB) para o Tribunal de Contas do Municípios (TCM) é grande. Porém, no alto escalão da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o comentário é de que o deputado tende a ficar por mais um tempo no posto.

O desejo vai na contramão das intenções de Max Menezes (MDB), suplente do deputado. Segundo ele, Aidar teria garantido a votação do projeto que pavimentará sua ida ao TCM até o dia 10 de março. Acontece que fontes do O Hoje atestam que o atual titular deve permanecer por mais alguns meses. O suposto acerto passa por uma estratégia da base que estima preservar sua musculatura até o final do ano.  

“O Humberto me disse que vai colocar em votação até a segunda semana após a retomada dos trabalhos na Alego. É um assunto que tem sido exaustivamente conversado. Temos nosso grupo esperando que possa, de fato, acontecer. Esperamos ter a oportunidade de mostrar serviço à população goiana”, disse Menezes em entrevista ao O Hoje.

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A articulação, que passa pela manutenção de Aidar, um fiel escudeiro do governador na Alego, diz respeito a postura mais “independente” que Max pretende assumir caso ocupe uma cadeira no Parlamento. Vale lembrar que ele é ligado à administração municipal de Aparecida, comandada pelo governadoriável Gustavo Mendanha (Sem partido).

Sobre o comportamento “isento” que pretende assumir, Menezes disparou: “O cidadão não está vendo bandeira, ele está vendo pessoas que querem cumprir com o seu papel em função da sociedade. O povo quer alguém que atenda ao anseio popular. Um posicionamento independente não significa que faremos avaliação de ‘A’ ou ‘B’ e sim que faremos as críticas pertinentes”, pontuou. 

Max defende que, caso assuma cadeira no Legislativo, sua principal bandeira será a Educação. “Sou muito apaixonado pelo ensino e tenho uma fidelidade muito grande em relação a todos os servidores e professores”. 

Ele também garante que vai brigar, pelos poucos meses que restam até o final do ano, pela infraestrutura goiana. “Sou engenheiro e já fui secretário de obras em Aparecida. Estamos fazendo nosso trabalho no sentido de levantar as principais necessidades de manutenção das rodovias, pontes e travessias”, garantiu. 

Ele, que é secretário de desenvolvimento urbano em Aparecida, confirmou que o pouco tempo restante de mandato se traduz como o principal desafio. “Nesse período de dez meses queremos buscar condições de mostrar trabalho e fazer valer o voto de confiança do eleitor goiano. Nossa missão é fazer quatro anos em 10 meses de mandato”. 

Rumo às urnas

Apesar do pouco tempo que poderá atuar como deputado, Menezes quer buscar, de novo, a oportunidade de ocupar uma das cadeiras da Alego já no ano que vem.

“Posso continuar no MDB, mas estou conversando com todos os partidos na intenção de ficarmos no melhor lugar possível. Sou filiado desde 2018, mas fui penalizado pelo quociente eleitoral no passado. Espero encontrar um caminho para que isso não aconteça novamente”. 

O parlamentar disse já ter conversado com o Cidadania, PL e Podemos. Ele também alega que se reunirá com a presidência de outras siglas pelos próximos dias. Em 2018, Menezes alcançou 30.389 votos. O número supera a votação alcançada por mais da metade dos deputados eleitos naquele pleito. Humberto Aidar, por sua vez, foi procurado pela reportagem para comentar o assunto mas não atendeu aos telefonemas.

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