Orlando Brito: fotojornalista famoso por retratar a Ditadura Militar no Brasil morre aos 72 anos
Mais de 300 fotografias de trabalhos da política brasileira foram reunidas no livro "Poder, Glória e Solidão"
Por: Augusto Sobrinho

O fotógrafo Orlando Brito, que ficou famoso por retratar a ditadura militar no Brasil, morreu, na manhã desta sexta-feira (11/03), no Hospital Regional de Taguatinga, no Distrito Federal. O fotojornalista, que tinha 72 anos, lutava contra uma infecção depois de uma cirurgia no intestino e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O mineiro nasceu em Janaúba, no dia 8 de fevereiro de 1950, e chegou a Brasília no começo de 1957, durante a construção da nova capital. Iniciou sua carreira em 1964 e suas fotografias abrangem os temas da política, economia, questões sociais, da vida urbana e do interior, terras, índios e esportes.
Mais de 300 fotografias de trabalhos da política brasileira foram reunidas no livro “Poder, Glória e Solidão”, que foi lançado há 20 anos. Em 1966, começou a cobrir os primeiros anos do regime militar e ficou conhecido por circular entre os os generais da ditadura no Brasil.
O profissional já teve publicações famosas nos veículos O Globo, Jornal do Brasil, Veja e Caras e, atualmente, atuava no site Os Divergentes e em uma agência prórpia, chamada ObritoNews. Além disso, também teve uma extensa carreira como repórter fotográfico em mais de 60 países.
O fotojornalista recebeu o prêmio World Press de 1979, na categoria de sequência fotográfica, venceu onze prêmios Abril entre 1983 e 1987 e foi contemplado com a bolsa VITAE de Fotografia em 1989. Com esse reconhecimento, diversos políticos e fãs homenageiam o fotógrafo nas redes sociais: