Justiça determina remoção do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” nas plataformas

A decisão despachada pela Secretaria Nacional do Consumidor, publicada nesta terça-feira (15), prevê multa diária de R$ 50 mil, caso não seja cumprida

Postado em: 15-03-2022 às 18h12
Por: Rodrigo Melo
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A decisão despachada pela Secretaria Nacional do Consumidor, publicada nesta terça-feira (15), prevê multa diária de R$ 50 mil, caso não seja cumprida | Foto: Reprodução

O Ministério da Justiça determinou a suspensão imediata do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” nas plataformas de streaming. A decisão despachada pela Secretaria Nacional do Consumidor, publicada nesta terça-feira (15), prevê multa diária de R$ 50 mil, caso não seja cumprida.

De acordo com o ofício, a proibição do filme é justificada “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente”. Os canais terão até cinco dias úteis após a publicação da decisão para retirar o filme do portifólio. O despacho cita as plataformas e empresas Netflix, Globoplay, Telecine, Youtube, Apple e Amazon.

Repercussão

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A obra “Como se tornar o pior aluno da escola”, criada por Danilo Gentili e que teve estreia em outubro de 2017, foi acusada por apologia à pedofilia depois que um recorte do filme circulou nas redes sociais nos últimos dias. A cena mostra o inspetor, vivido por Fábio Porchat, assediando sexualmente dois garotos.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, compartilhou a decisão em suas redes sociais. Anteriormente, Torres já havia se manifestado sobre a polêmica, dizendo que tinha pedido a “vários setores” do Ministério que adotassem as medidas cabíveis.

O ministro recebeu apoio por outros membros do governo federal, como o secretário de Cultura, Mário Frias, e a ministra Damares Alves, da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Resposta

Nas redes sociais, Danilo Gentili comentou sobre o caso: “o maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista”, escreveu. “Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados”.

Fábio Porchat respondeu às críticas que circulavam na internet e citou outros papéis da ficção que traziam vilões que fazem “coisas horríveis”, como exemplo.

“O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorrah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente?” ironizou o comediante.

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