Polícia Civil prende genro que tentou matar o sogro a golpes de enxadão em uma fazenda de Goiás
Ao ser interrogado, o suspeito confessou os crimes e disse que os praticou para beneficiar-se da herança da companheira e resolver pendências financeiras.
Por: Ícaro Gonçalves
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu nesta quinta-feira (24/3) um homem de 40 anos, suspeito de tentar matar duas vezes em um mesmo dia o próprio sogro, Nivaldo Vitorino de Oliveira, de 73 anos. Segundo a PCGO, o preso Wene Divino da Silva ainda teria se apossado de R$ 700 que estavam na carteira do idoso, para tentar simular uma cena de roubo.
A investigação ocorreu por intermédio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Itaberaí, com apoio da equipe da Delegacia de Polícia (DP) de Itaberaí. O crime ocorreu na madrugada do domingo (14/3), em uma fazenda na zona rural do município de Goiás.
Entenda
Inicialmente a polícia investigava um suposto “roubo” na fazenda. A vítima havia sido socorrida pela filha e pelo genro Wene Divino, agora investigado. Durante a apuração dos fatos, descobriu-se que Wene ministrou substância tóxica na água do bebedouro e na comida que seria ingerida no jantar pelo sogro Nivaldo.
Já na madrugada de segunda-feira (14/3), Wene deixou sua casa em Itaberaí e foi até a fazenda para verificar se a vítima estava morta. Chegando lá, percebendo que Nivaldo estava dormindo, apoderou-se de um enxadão, arrombou a porta da sala e passou a golpeá-lo na cabeça e demais partes do corpo, na tentativa de dar fim a sua vida.
Ao ser questionado pelos policiais civis, o autor narrou uma história não convincente, a qual foi ponto-a-ponto desmentida. Ao ser interrogado, Wene Divino confessou os crimes e disse que os praticou para se beneficiar da herança da companheira e resolver dívidas com comerciantes na região, tendo em vista ser ele suspeito de fraudes no município.
Wene está sendo indiciado por tentativa de homicídio majorado qualificado por motivo torpe e emprego de veneno, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima; e furto majorado pelo repouso noturno. Se condenado pelos crimes imputados, a pena poderá chegar a 60 anos de prisão.
Nota da Polícia Civil:
A divulgação da imagem e nome do indiciado se deu nos termos da Lei n° 13.869/2019 em razão do interesse público, conforme despacho do delegado responsável pela investigação.
