Justiça determina o arquivamento de todas investigações e inquéritos contra Padre Robson

Ainda, os bens bloqueados deverão ser devolvidos ao líder religioso; desembargadores afirmam que não encontraram provas concretas dos crimes pelos quais o padre foi acusado

Postado em: 29-04-2022 às 11h57
Por: Redação
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Ainda, os bens bloqueados deverão ser devolvidos ao líder religioso; desembargadores afirmam que não encontraram provas concretas dos crimes pelos quais o padre foi acusado | Foto: Reprodução

Todas as investigações e inquéritos contra o Padre Robson foram arquivados pela juíza da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, Placidina Pires, em cumprimento a decisão Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no último dia 18.


Na decisão, a juíza afirma que “no que se refere aos bens sequestrados e bloqueados já houve decisão deste Juízo autorizando a liberação. Mas caso ainda haja algum bem pendente de desbloqueio e/ou liberação, assim que a parte interessada noticiar o fato, deverá ser realizado o cancelamento da indisponibilidade determinada por este Juízo.”


Além disso, “quanto ao material probatório, autorizo a entrega dos dispositivos eletrônicos apreendidos com os investigados durante o cumprimento das buscas e apreensões que se encontram guardados na escrivania (UPJ) e no Depósito Público aos seus legítimos proprietários.”

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Ela também afirmou que, antes do arquivamento, a UPJ “deverá certificar as providências adotadas previamente, como, por exemplo, eventuais bloqueios de eventos, para afastar possíveis alegações de vazamento de informações”.


STJ


O STJ emitiu no último dia 18 de abril, uma certidão de trânsito em julgado para o processo que o Ministério Público Estadual provocou contra o padre Robson de Oliveira, que atualmente é ex-reitor da Basílica de Trindade. O documento encerra o caso e inocenta o padre das acusações formuladas contra ele.

O processo havia sido interrompido pelo Tribunal de Justiça de Goiás em outubro de 2020, porque os desembargadores disseram não ter encontrado indícios que comprovassem os crimes apontados pelo MP-GO. O processo criminal foi trancado no Tribunal de Justiça e, posteriormente, o inquérito civil público também.


Três dias após a decisão, o religioso divulgou um vídeo em que diz que foi vítima de agressão: “Presenciei minha casa sendo invadida da pior maneira que alguém possa imaginar. Fui acordado no início de uma manhã, com um grupo de pessoas entrando no meu quarto, revirando gavetas, mexendo nas minhas coisas pessoais e invadindo minha privacidade sem nenhum escrúpulo”.


Entre as investigações, o padre era suspeito de usar recursos da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e laranjas para fins criminosos. A apuração fez parte da Operação Vendilhões.

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