Câmara aprova moção de louvor a profissionais que denunciaram estupro de mulher durante parto

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (14/7), moção de louvor a enfermeiros e outros profissionais de saúde que denunciaram o estupro feito pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, durante um parto.

Postado em: 14-07-2022 às 18h44
Por: Ana Bárbara Quêtto
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A equipe médica desconfiava do comportamento do anestesista | Foto: Reprodução

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (14/7), moção de louvor a enfermeiros e outros profissionais de saúde que denunciaram o estupro feito pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, durante um parto.

A deputada e enfermeira, Carmen Zanotto (Cidadania-SC), apresentou a moção. Dessa forma, ela observou que, entre 2015 e 2022, os serviços de saúde no Rio de Janeiro, onde o crime ocorreu, registraram 177 estupros.

“Precisamos motivar os profissionais que tomam conhecimento a fazer denúncias e não se calar, independentemente do nível hierárquico de quem comete este tipo de violência”, declarou.

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“Essa Casa não pode se calar frente ao estupro. Nossa gratidão aos profissionais de enfermagem que tiveram a coragem de denunciar este crime”, destacou a deputada Erika Kokay (PT-DF).

Giovani foi preso, no último domingo (10/7), em flagrante. O médico está preso em uma cela da galeria F Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira.

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Relembre o crime

Segundo investigadores, Quintella assediou sexualmente da vítima enquanto ela estava inconsciente e em trabalho de parto, no Hospital da Mulher Heloneida Studart em São João de Meriti, Rio de Janeiro.

A prisão do médico ocorreu após funcionários da unidade de saúde filmarem o médico colocando o pênis na boca da paciente enquanto participava do parto dela.

O suspeito aplicava uma quantidade consideravelmente grande de sedativo em mulheres grávidas. Assim, a equipe médica passou a desconfiar do comportamento do anestesista.

Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

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