Aposentada cai em golpe milionário ao acreditar que estava namorando com Johnny Depp

A moradora de Osasco, São Paulo, pagou R$ 208,4 mil para o golpista que estava se passando pelo artista.

Postado em: 04-10-2022 às 15h27
Por: Victória Vieira
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O "namoro" havia iniciado em 2020 através de uma conversa no Instagram | Foto: Reprodução

Uma aposentada de 61 anos caiu em golpe milionário ao acreditar que estava namorando com o ator Johnny Depp. A moradora de Osasco, São Paulo, pagou R$ 208,4 mil para o golpista que estava se passando pelo artista. O “namoro” havia iniciado em 2020 através de uma conversa no Instagram.

Segundo o relato da vítima, os dois conversavam sobre assuntos do cotidiano, mas com o tempo, passaram a ter mais intimidade para compartilharem assuntos pessoais. Com isso, ele começou a contar “uma história triste de que precisava de dinheiro para o pagamento de condenações em processos nos quais ele estava envolvido”.

Nessa mesma época o ator estava enfrentando o processo judicial contra a sua ex-eposa, Amber Heard, que estava o acusando de violência doméstica.

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“Junto com a história triste de não ter dinheiro para pagar as referidas taxas, teve início um ‘romance’ onde começaram as promessas do golpista de levar a autora [do processo] para morar com ele”, informou a advogada responsável por representar a mulher. “A pandemia contribuiu para que ela acreditasse em toda mentira contada pelo golpista, haja vista o abalo emocional vivenciado. Ela só procurava uma saída ou mudança de vida”, acrescentou.

Ainda de acordo com o processo, a brasileira chegou a fazer uma cirurgia plásticas após acreditar que iria se mudar para Los Angeles, nos Estados Unidos. Os depósitos foram feitos nos dias 30 de novembro de 2020 (R$ 15 mil), 1º de dezembro de 2020 (R$ 40,4 mi) e 7 de dezembro de 2020 (R$ 153 mil).

Foi somente pela intervenção do filho que a mulher descobriu ter levado um golpe ao questioná-la sobre as transferências. A aposentada acusa o Banco do Brasil de permitir o golpista abrir uma conta fraudulenta, alegando “falta de manutenção e fiscalização”.

Em defesa, a instituição argumentou que a mulher “transferiu os valores por livre e espontânea vontade” e “o prejuízo não foi causado pelo banco, mas em razão de acontecimentos que escapam ao seu poder”.

A juíza do processo, Clarissa Alves, rejeitou a acusação contra o banco, mas a aposentada está apta a recorrer.

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