Adidas encerra parceria com Kanye West após declarações antissemitas

Fabricante disse que “não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio”

Postado em: 25-10-2022 às 12h05
Por: Mariana Fernandes
Imagem Ilustrando a Notícia: Adidas encerra parceria com Kanye West após declarações antissemitas
Fabricante de roupas esportivas disse que “não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio” | Foto: Reprodução

A Adidas, marca alemã de roupas esportivas, anunciou nesta terça-feria (25), que encerrou a parceria com o rapper americano Kanye West (ao qual mudou o nome para Ye). O fim da parceria estimada em cerca de 1 bilhão de dólares, ocorreu após o músico ter feito declarações antissemitas, divulgado comentários supremacistas e provocado os executivos da marca. 

A parceria teria sido feita com a marca Yeezy, criada por Ye, após o rapper ter deixado a Nike. Segundo estimativa da Forbes, mais de 2 bilhões de dólares foram decorrentes deste contrato. 

“A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio”, disse a mesma em comunicado. “Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da marca de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”.

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Nas redes, West havia publicado um vídeo em que aparecia mostrando uma “cena” para os executivos da Adidas. Em seguida, um dos homens pergunta se a cena era de cunho adulto, mas Ye responde que se tratava de “Jesus Cristo”. O gesto, segundo o músico, teria sido uma analogia ao que a marca estaria fazendo com suas criações. “Quando alguém rouba as ideias desse homem, suas criações, é como se você estivesse roubando uma criança. Estes são todos filhos da mente dele, e você os sequestrou”, completou. 

Após a repercussão e a demora de posicionamento por parte da Adidas, o Conselho Central de Judeus, na Alemanha, divulgou um duro comunicado, em que dizia:

“A responsabilidade histórica da Adidas está não apenas nas raízes alemãs da empresa, mas também em seu envolvimento com o regime nazista. Eu simplesmente espero que tal empresa tome uma posição estrita em relação ao antissemitismo”, disse Josef Schuster, chefe do conselho.

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