Iranianos não cantam hino nacional em protesto a favor dos direitos das mulheres

Durante o jogo, diversos cartazes com as cores do Irã estavam com mensagens pedindo por mais liberdade no país

Postado em: 22-11-2022 às 10h02
Por: Mariana Fernandes
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Alguns jogadores do Irã se manifestaram a favor dos protestos que pedem o fim da violência contra mulheres e mais direitos | Foto: Reuters

A primeira partida desta segunda-feira (21), entre Inglaterra e Irã, foi palco de manifestações de jogadores no gramado e torcedores na arquibancada a favor dos direitos das mulheres.  Nas últimas semanas, jogadores do país se posicionaram de forma favorável às reivindicações.

Durante o jogo, diversos cartazes com as cores do Irã estavam com mensagens pedindo por mais liberdade no país. O  Irã atravessa uma grande onda de protestos pela morte de Mahsa Amini. A jovem de 22 anos foi detida pela polícia iraniana sob acusação de violar as regras do país sobre o uso de hijab, tradicional lenço islâmico utilizado para cobrir a cabeça. Nas últimas semanas, jogadores do país se posicionaram de forma favorável às reivindicações.

Foto: Reuters

Antes da Copa do Mundo começar, a Federação Internacional de Associações de Futebol (Fifa) se mostrou atenta aos possíveis protestos das seleções nos gramados. Em carta enviada aos 32 participantes da competição, a federação aconselhou os países a se manterem neutros sobre questões políticas. No entanto, o meio-campista Ali Karimi e os atacantes Sardar Azmoun e Mehdi Taremi foram na contramão da recomendação. Nas redes sociais, eles postaram mensagens incentivando as manifestações.

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“Parabéns pelo seu dia meninas do meu país, as mulheres corajosas do meu país. Espero que um dia o mundo inteiro lhes respeite 🙏🏻🖤”, publicou um dos jogadores.

O assunto também passou a ser corriqueiro no dia a dia da seleção iraniana. Houve pedido de exclusão do país do Mundial, algo que não foi considerado pela Fifa. Grande parte dos torcedores se manifestaram a favor dos protestos que pedem o fim da violência contra mulheres e mais direitos.

Foto: Reuters

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