A cada 10 minutos, seis bebês nascem prematuros no Brasil

A amamentação do prematuro é responsável por favorecer a maturação gastrintestinal e garantir o melhor desenvolvimento neuropsicomotor dessas crianças

Postado em: 13-03-2023 às 11h43
Por: Ícaro Gonçalves
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A amamentação do prematuro é responsável por favorecer a maturação gastrintestinal e garantir o melhor desenvolvimento neuropsicomotor dessas crianças | Foto: Divulgação

O parto prematuro é a principal causa global da mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade e, no Brasil, a cada 10 minutos, seis bebês nascem pré-termo. O país está em 10ª colocação no ranking mundial de partos prematuros.

Neste mês de março, a campanha Março Lilás, criada pela SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo) e apoiada pela ONG Prematuridade.com, reforça a atenção ao cuidado do bebê prematuro, não só durante a internação, mas também após a alta hospitalar.

Um ponto de extrema importância no cuidado do bebê prematuro e que, a princípio, parece ser bastante desafiador, é a amamentação. “Se para um bebê a termo o leite materno já traz incontáveis benefícios, para um prematuro ele representa a chance de mais qualidade de vida e bem-estar na infância e na vida adulta. A amamentação é um assunto que nos sensibiliza e queremos apoiar as famílias de bebês prematuros que estão passando por esse processo”, fala a diretora-executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.

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A amamentação do prematuro, além de fortalecer o vínculo mãe-filho, muitas vezes abalado por longas permanências na UTI Neonatal, é responsável por favorecer a maturação gastrintestinal e garantir o melhor desenvolvimento neuropsicomotor dessas crianças.

Quando ocorre a alta hospitalar, o bebê deve passar por consultas periódicas com médicos e outros profissionais como nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, enfermeiro, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, entre outros, para o acompanhamento do seu desenvolvimento.

Outra questão essencial é a vacinação. No entanto, dados de uma pesquisa realizada no ano passado pelo Instituto Ipsos, em parceria com a gigante farmacêutica Sanofi, trouxe um alerta: 29% dos pais que tiveram bebês prematuros extremos (abaixo de 28 semanas de gestação) nascidos nos 12 meses anteriores à data de aplicação da pesquisa atrasaram — ao menos alguma vez — a vacinação das crianças e, destes, 15% deixaram de fazê-la porque esqueceram das vacinas, ou ainda, devido a algum imprevisto.

“A vacinação é fundamental em qualquer circunstância, sobretudo para os prematuros, que são mais suscetíveis a doenças e infecções. Os bebês prematuros inspiram cuidados especiais, pois costumam apresentar baixa imunidade e sistema respiratório mais frágil”, ressalta Denise. “Além disso, toda família e pessoas com quem o bebê tem contato, devem estar com o calendário vacinal em dia”, finaliza.

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