Dia Internacional das Florestas pode despertar interesses para turismo

La Coralina Island House é um verdadeiro santuário verde no caribe panamenho, área protegida e considerada Patrimônio da Unesco

Postado em: 20-03-2023 às 08h15
Por: Elysia Cardoso Ferreira
Imagem Ilustrando a Notícia: Dia Internacional das Florestas pode despertar interesses para turismo
La Coralina Island House é um verdadeiro santuário verde no caribe panamenho, área protegida e considerada Patrimônio da Unesco | Foto: Divulgação

O Dia Internacional das Florestas, comemorado no 21 de março, é uma data criada com a finalidade de conscientizar toda a população a respeito da importância das florestas para todo o nosso planeta. A data foi proclamada em 2012, na Assembleia Geral das Nações Unidas. 

A cada ano, a ONU propõe e incentiva campanhas e eventos de conscientização em diversos países, sempre com temas diferentes, e em 2023, a escolha foi “Floresta e Saúde”. Para a instituição, as florestas são fonte vital de comida e nutrição, são farmácias naturais, previnem doenças e melhoram a nossa saúde mental e física.

Não é à toa que durante os últimos anos aumentou e muito os destinos que colocam os viajantes em contato com a natureza. O Essência reuniu a seguir informações sobre a mata tropical do Panamá, que é tida como o destino de referência em estudos científicos sobre as florestas. Além de detalhes do hotel La Coralina, que fica em Bocas del Toro. 

Continua após a publicidade

Bocas del Toro, Panamá

Pouco se fala das matas tropicais do Panamá, mas é no país que está localizado o renomado instituto de pesquisa das florestas tropicais, o Instituto Smithsonian de Investigações Tropicais, que completa 100 anos de existência em 2023.

Tudo começou em 1910, em plena construção do Canal do Panamá, uma das maiores obras de engenharia do mundo. Uma comunidade científica desembarcou no país e se deu conta de que pouco se sabia sobre a biodiversidade terrestre e marinha do lugar. Foi assim que chegou uma equipe do Instituto Smithsonian, fundado nos Estados Unidos, para reconhecimento local.

Eram naturalistas que queriam estudar as plantas, as aves, os insetos. Isso foi tomando força e a notícia de que o Panamá tinha muita biodiversidade foi se espalhando, assim como o consenso de que era preciso salvar parte dessa selva.

Em 1923, foi inaugurado um centro de pesquisa na Isla de Barro Colorado, que fica perto da Cidade do Panamá, e ao longo das décadas investigadores de todas as partes do mundo começaram a desembarcar por ali. Cria-se o Instituto Smithsonian de Investigações Tropicais, e abrem-se outros espaços, entre eles, na Isla Cólon, Bocas del Toro. 

Bocas del Toro é considerado um laboratório natural para estudar a evolução, as mudanças climáticas e o impacto humano nos ecossistemas do Caribe. São 20 milhões de anos de história geológica, ilhas separadas do continente pelo aumento do nível do mar e uma rica cultura antropológica pré-colombiana e moderna. 

La Coralina Island House

Na ilha Cólon, em Bocas del Toro, está localizado o La Coralina Island House, onde, logo pela manhã, é possível escutar os mais diversos tipos de pássaros cantando e macacos pulando entre as árvores, enquanto se pratica ioga em um pavilhão imerso na mata.

O La Coralina Island House é um verdadeiro santuário verde no caribe panamenho, área protegida e considerada Patrimônio da Unesco. Em um dia típico, após um mergulho nas águas cristalinas da praia Paunch, em frente ao hotel, uma caminhada por uma estradinha te leva a praias desertas como a Bluff, onde só se vê o mar e as folhas e galhos de árvores frondosas, típicas do lugar.

De volta ao hotel, relaxar no spa com um tratamento ayurvédico com produtos feitos com ingredientes colhidos ali mesmo, como o cacau, é a melhor das experiências. O La Coralina aposta em retiros espirituais e se dedica cada vez mais ao turismo de bem-estar, uma das atuais tendências do setor. Gustavo Villamor, argentino que comanda os tratamentos holísticos do hotel, defende que o destino contempla uma experiência completamente distinta, em um lugar conectado com a selva e o oceano. “Além disso, todo o hotel foi construído respeitando o ambiente, com materiais que não agridem a mata e seu entorno”, diz. 

Não há dúvida de que ali tem o cuidado com a biodiversidade é o grande mote: desde a não utilização de amenities descartáveis, o quase zero uso de plásticos, o controle do uso de energia e a grata presença dos moradores locais (90% dos funcionários são da comunidade de Bocas), que passaram por cursos e capacitação, de todos os tipos. Villamor conta que, além dos hóspedes, os colaboradores são incentivados a meditar e ter um momento de conexão com a natureza.

“Todos os meses fazemos um evento que se chama Ubuntu, uma palavra africana que significa ‘eu sou porque tu és’. Reunimos todos e ainda outros moradores da ilha, para meditar em alguma intenção coletiva”, conta.

Veja Também