Número de inadimplentes caiu 3,01% entre janeiro e fevereiro no município

Especialistas apontam a “injeção de recursos” do fim de ano como principal causa de recuo no número de devedores

Postado em: 01-04-2023 às 08h19
Por: Everton Antunes
Imagem Ilustrando a Notícia: Número de inadimplentes caiu 3,01% entre janeiro e fevereiro no município
Em um recorte de idade, o boletim ainda revelou que a faixa mais expressiva de devedores encontra-se entre os 30 e 39 anos de idade | Foto: Reprodução

No último dia 27, uma pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), com base em dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, mostrou que o número de inadimplentes no município teve queda de 3,01% entre janeiro e fevereiro. Já em comparação anual, o índice teve alta de quase 7%, acima das médias do país (7,49%) e da região Centro-Oeste (4,65%).

Para o economista Danilo Orsida, o que contribuiu para esse cenário foi a “remessa de recursos no mês de Dezembro – mês de pagamento de décimo terceiro e férias. Essa injeção de recursos contribui para que as pessoas quitem suas dívidas”. Além disso, Wanderson Lima, gerente de negócios da CDL Goiânia, faz prognósticos sobre o cenário de endividamento para este ano. 

Resultados

Continua após a publicidade

Em um recorte de idade, o boletim ainda revelou que a faixa mais expressiva de devedores encontra-se entre os 30 e 39 anos de idade – isto é, cerca de 26,25%. No que diz respeito à inadimplência por gênero, os homens seguem devendo mais – aproximadamente 50,84% –, contra o percentual de 49,16% para as mulheres.

Já em relação à soma das dívidas, no município, cada consumidor acumula, em média, R$4.386,31. Os dados também evidenciam que pouco mais de 32% dos goianienses tinham débitos de até R$500, enquanto que 46,41% dos inadimplentes, deviam até R$1.000,00. O informe estima que o tempo médio de atraso dos inadimplentes é de 26,9 meses. 

Em fevereiro, cada devedor da capital goiana tinha em média 2,111 débitos em atraso. Esse índice posiciona-se acima das médias da região Centro-Oeste – ou seja, cerca de 2,103 dívidas por devedor – e nacional – 2,035 dívidas por pessoa inadimplente. 

Entre os setores que registraram maior número de dívidas em Goiânia, figura o de bancos  – 62,37% do total – e, em seguida, comunicações (10,96%), água e luz (9,09%), comércio (9,04%) e outros (8,54%). Sobre os débitos bancários, Orsida afirma que estas “são as dívidas com os maiores encargos de cobrança e taxas de juros”, o que explica o protagonismo desse setor na inadimplência do município.

Veja Também