Maioria das capitais brasileiras não tem plano de enfrentamento à mudanças climáticas

De 27 cidades, 17 não completaram os estudos para minimizar e enfrentar tragédias causadas pelos extremos climáticos

Postado em: 19-06-2023 às 09h19
Por: Mariana Fernandes
Imagem Ilustrando a Notícia: Maioria das capitais brasileiras não tem plano de enfrentamento à mudanças climáticas
De 27 cidades, 17 não completaram os estudos para minimizar e enfrentar tragédias causadas pelos extremos climáticos | Foto: Divulgação/ iStock

Goiânia, Aracaju, Porto Alegre, Florianópolis, Vitória, Campo Grande, Cuiabá, Palmas, Porto Velho, Macapá, Boa Vista, Manaus, Belém, Maceió, São Luís, Teresina e Natal são as principais capitais que não possuem plano para mudanças climáticas. 

Aracaju e Porto Alegre, por exemplo, são separadas por mais de três mil quilômetros e enfrentam o mesmo evento extremo: as fortes chuvas.  Na capital gaúcha, os temporais na primeira semana do mês corresponderam praticamente à média histórica de todo mês de maio.  Entre os deslizamentos estavam quatro casas no Morro da Cruz, que desalojou dez pessoas e acabou ferindo duas. 

Para conter os desastres ambientais, em Goiás, por exemplo, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) apresentou o  painel “Resultado das Ações de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas no Estado de Goiás” durante a 3ª Edição da Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC).

Continua após a publicidade

Nesse sentido, a titular da Semad, secretária Andréa Vulcanis, falou do compromisso da atual gestão, sob o comando do governador Ronaldo Caiado, com a preservação do meio ambiente e questões relacionadas ao clima no Estado. “As ações do Governo de Goiás têm sido realizadas de forma bastante efetivas”. E cita o Juntos pelo Araguaia, maior programa de recuperação de bacias em vigência no mundo; as ações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal; e ações preventivas aos incêndios florestais, entre outras.

Entre outras questões, os diálogos propostos pela Semad durante a conferência buscam responder às seguintes questões: como o Estado está lidando com as mudanças climáticas? Quais as principais ações do Estado que visam a diminuição e mitigação dos gases de efeito estufa?; como Goiás pode influenciar e apoiar outros Estados a adotarem essas medidas?; entre outras pautas.

Desastres ambientais

Goiás é 14º no ranking de estados que mais registraram desastres naturais nos últimos 10 anos, de acordo com estudo feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Ao todo, foram 1.317 registros no estado de 2013 até 2022.

Para realizar o levantamento, a Confederação se baseou no total de decretos municipais expedidos pelas prefeituras entre 2013 e 2022. A conclusão foi de que todos os estados brasileiros tiveram, pelo menos, um desastre natural ao ano nos últimos 10 anos.

Os estados que lideram o ranking são Minas Gerais (8095); Bahia (5441); Paraíba (4407); Santa Catarina (4077) e, em quinto lugar, o Rio Grande do Sul (3724). Já entre os estados com menos ocorrência de desastres nos últimos 10 anos estão Distrito Federal (20); Roraima (81); Amapá (134) e Acre (154).

Veja Também