Pesquisa revela impacto desproporcional dos eventos climáticos nos mais vulneráveis

Soluções apontadas incluem melhorias na infraestrutura e políticas habitacionais.

Postado em: 12-10-2023 às 16h47
Por: Luana Avelar
Imagem Ilustrando a Notícia: Pesquisa revela impacto desproporcional dos eventos climáticos nos mais vulneráveis
Foto: Brasil de fato

Uma pesquisa recente conduzida pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC) em colaboração com o Greenpeace revelou uma visão sobre como os eventos climáticos extremos afetam diferentes segmentos da população brasileira. O estudo, que envolveu 2 mil participantes, investigou aspectos socioeconômicos e educacionais, demonstrando que a maioria dos entrevistados reconhece o impacto desproporcional dessas ocorrências nos mais vulneráveis.

Os resultados indicam que 62% dos entrevistados concordam que os eventos climáticos extremos afetam de forma desigual as pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Por outro lado, 36% acreditam que tanto os mais ricos quanto os mais pobres são igualmente afetados por esses eventos, evidenciando uma divisão significativa na percepção.

Cerca de 67% dos entrevistados afirmaram não confiar ou ter pouca confiança em suas prefeituras. Esse ceticismo é ainda mais pronunciado entre as pessoas negras, com 72% das pessoas pardas e pretas expressando desconfiança em relação às prefeituras, enquanto entre os brancos esse número foi de 63%.

Continua após a publicidade

As principais preocupações dos entrevistados, destaca a saúde, educação, desemprego, segurança, violência e transporte público como categorias frequentemente mencionadas como problemas percebidos pela população.

O estudo também apontou soluções consideradas eficazes pelos entrevistados contra os eventos climáticos extremos. Entre elas, a necessidade de melhoria na infraestrutura para drenagem das águas das chuvas foi mencionada por 33% dos participantes. Outras soluções incluem políticas habitacionais mais robustas (20%), investimentos em saneamento básico (19%) e reforço nos órgãos de resposta a emergências (12%).

Veja Também