OMS e ONU pedem ajuda para evitar catástrofe em Gaza
Escassez de recursos essenciais ameaça a vida da população em meio ao conflito entre Israel e Hamas.
Por: Luana Avelar
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta urgente sobre a crise na Faixa de Gaza, onde restam apenas “24 horas de água, eletricidade e combustível”. Após esse período, a região enfrenta uma ameaça real de catástrofe, com consequências devastadoras para a população.
Ahmed Al-Mandhari, diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, fez um apelo veemente para a autorização imediata de entrada de comboios de ajuda humanitária, os quais estão atualmente impedidos de entrar devido ao fechamento da passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, em decorrência dos bombardeios israelenses.
Em entrevista à AFP, Al-Mandhari enfatizou a gravidade da situação, afirmando que se a assistência não chegar a tempo, os médicos terão que se preparar para emitir atestados de óbito para seus pacientes, dada a escassez de recursos essenciais.
Nas horas subsequentes à declaração da OMS, funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o secretário-geral para assuntos humanitários, Martin Griffiths, intensificaram os apelos para a entrada da ajuda humanitária. Griffiths afirmou estar trabalhando incansavelmente para encontrar uma solução que permita o envio dos suprimentos vitais para Gaza e elogiou o envolvimento do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, cujo apoio tem se mostrado fundamental nesse processo.
O atual conflito entre as Forças de Defesa de Israel e o grupo Hamas está causando um impacto devastador, resultando em perdas humanas e uma situação humanitária alarmante. Desde o início dos bombardeios em 7 de outubro, a população local tem vivenciado um crescente sentimento de desespero.