Pesquisa aponta que 12% das crianças brasileiras tiveram atraso no desenvolvimento

Busca refere a capacidades e habilidades esperadas de uma criança nesta faixa etária

Postado em: 30-10-2023 às 10h37
Por: João Victor Reynol de Andrade
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Esta fase faz parte integral no processo de humanização do indivíduo| Foto: IStock

Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde apontou que 12% das crianças brasileiras de até cinco anos tiveram um atraso no desenvolvimento infantil (DI). Projeto Primeira Infância para Adultos Saudáveis (Pipas) verificou mais de 13 mil pequenos das 5 regiões federativas e também apontou um crescimento no declínio em famílias em situação de vulnerabilidade. 

O DI diz respeito a capacidades motoras, psicológicas, emocionais e sociais que afetam a vida dos menores a longo prazo como aprendizado e saúde. Esta fase faz parte integral no processo de humanização do indivíduo, a falta de suprir tais necessidades podem trazer efeitos negativos como  riscos de problemas de saúde, de nutrição e de déficits de aprendizagem.

O estudo compôs a pesquisa e observação prolongada dos menores e o estabelecimento de uma pontuação entre 0 (baixo desenvolvimento) e 100 (bom desenvolvimento) a média do conjunto de pontos ficou em 85 com variação de 83 e 87. Contudo, o percentual de crianças com pontuação que ficaram abaixo da média ficou em 40%. 

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Desigualdade e desenvolvimento

Um dado importante revelado pela pesquisa foi referente a relação destas crianças de famílias em situação de vulnerabilidade compondo 46% da pontuação abaixo da média. Este percentual se deu em entrevistas de pessoas que fazem parte de programas sociais como Auxílio Brasil (Bolsa Família) e que não fazem parte. Esta mesma avaliação com sua etnias ressaltou que crianças pretas (41%), pardas (45%) e amarelas (51%), tiveram maior percentual quando comparadas às brancas (31%). 

Por fim, a ligação entre o alcance dos serviços de saúde e o acompanhamento médico dos menores encontrou que cerca de 14% não tiveram atendimento nas primeiras semanas de vida. Este resultado é parecido com o número de mães que fizeram menos de seis consultas pré-natais.

Vale ressaltar que apesar dos números encontrados serem abaixo da média, não significa em si um atraso no desenvolvimento. A média das crianças com menores taxas da pontuação arredondam para o atraso dos 12%.

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