Estudante acusada de desviar R$ 1 milhão de fundos de formatura foi ouvida em audiência

Audiência revela novas provas e solicitação de perícia no caso.

Postado em: 01-11-2023 às 18h16
Por: Luana Avelar
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Foto: Instagram

A estudante da USP, Alicia Dudy Muller, acusada de desviar cerca de R$ 1 milhão dos fundos destinados à formatura de uma turma de medicina, prestou depoimento na terça-feira (31) na 7ª Vara do Fórum Criminal da Barra Funda. A audiência foi presidida pelo juiz Paulo Eduardo Balbone Costa e contou com a participação das testemunhas de acusação, defesa e da ré. O advogado de Alicia, Sérgio Ricardo Stocco, afirmou que a estudante respondeu a todas as perguntas do magistrado, apresentando sua versão dos fatos.

Durante a audiência, foi solicitada uma nova perícia relacionada a registros de e-mails, mensagens de WhatsApp e contabilidade do caso. O juiz irá analisar essa solicitação e, se aceita, as partes terão um prazo para apresentar suas argumentações finais, conforme informado pelo Tribunal de Justiça. A estudante está envolvida em dois inquéritos policiais, um relacionado ao desvio de fundos da formatura e outro que aborda casos de estelionato e lavagem de dinheiro em uma casa lotérica.

Em abril de 2022, a suspeita realizou apostas na Lotofácil, totalizando quase R$ 20 mil, todas pagas por meio do serviço Pix. Posteriormente, aumentou os valores das apostas, chegando a um total de R$ 461 mil. Em julho do mesmo ano, a estudante solicitou apostas no valor de R$ 891,5 mil. Após a operadora de caixa registrar R$ 193,8 mil em apostas, a gerente da lotérica questionou o pagamento. A suspeita alegou ter agendado uma transferência, mas realizou uma movimentação de apenas R$ 891,53, na tentativa de enganar os funcionários da lotérica.

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A suspeita alegou ter perdido o dinheiro, afirmando ter investido R$ 800 mil em uma corretora. Um aluno registrou o caso, iniciando a investigação. A prisão preventiva foi negada, considerando o caso como estelionato. Pediu-se uma lista dos prejuízos individuais dos alunos. O Instituto de Criminalística sugeriu leiloar um tablet comprado com os fundos desviados. O carro alugado já foi devolvido.

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