Ruanda e Quênia lideram a abolição de vistos para turistas africanos

Na 23ª Cúpula Global do Conselho Mundial de Viagens e Turismo, ocorrida em Kigali, capital de Ruanda, o presidente Paul Kagame anunciou uma iniciativa que promete transformar o turismo na África. Ele revelou que os africanos não necessitarão mais de visto para visitar Ruanda, visando impulsionar a mobilidade de pessoas e o comércio dentro do continente.

Essa medida tem como objetivo transformar a África em um “destino turístico unificado”, diminuindo a dependência do turismo em relação aos visitantes estrangeiros. Atualmente, cerca de 60% do turismo no continente é impulsionado por viajantes de fora da África. Com a abertura das fronteiras, qualquer africano poderá viajar para Ruanda sem a necessidade de pagar pelo visto.

Ruanda se unirá à lista de países africanos que eliminaram as restrições de viagem para cidadãos do continente, em linha com os passos já dados pela Gâmbia, Benim e Seychelles. Contudo, ainda não foi divulgada uma data específica para a implementação dessa medida.

O Quênia também está adotando medidas semelhantes. Durante um congresso internacional no Congo, o presidente William Ruto revelou planos para possibilitar que todos os africanos visitem o país sem a exigência de visto até o final do ano.

Em 2016, a União Africana introduziu o passaporte africano com o intuito de “liberar o potencial do continente” e competir com o modelo da União Europeia. No entanto, até agora, apenas diplomatas e funcionários da UA foram beneficiados com esse documento de viagem. A dispensa de visto para africanos em países como Ruanda e Quênia marca um avanço significativo em direção ao objetivo maior de integração e colaboração entre as nações africanas.