Gilvane Felipe deixa presidência do Cidadania por divergência com PSDB, partido federado

O presidente do Cidadania Goiás, Gilvane Felipe, anunciou por carta a renúncia do cargo, na terça-feira (26). O político defende que a federação com PSDB apoie à pré-candidatura da deputada federal Adriana Accorsi (PT) à prefeitura de Goiânia, em 2024, mas os tucanos querem um nome próprio na disputa.

Gilvane criticou a “tática eleitoral até agora declarada pelo PSDB”, que coloca a federação, segundo ele, isolada. “A Federação PSDB-Cidadania encontra-se em estado de isolamento e se não o rompermos caminharemos para uma derrota acachapante em 2024, o que acentuará ainda mais nosso isolamento político”, afirmou.

Sobre a defesa de Accorsi, ele diz que seria um caminho “mais virtuoso e promissor”. Inclusive, em entrevista ao Jornal O Hoje, Felipe declarou que este apoio garantiria viabilidade aos projetos do PSDB em 2026, com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) na disputa pelo governo do Estado.

“Infelizmente, a proposta não teve boa acolhida junto a direção do PSDB. Como nunca aderi voluntariamente a políticas de gueto, idolacionistas, não me restou outra alternativa senão a renúncia à presidência do Cidadania e à vice-presidência da Federação”, lamentou.

Apesar de deixar os cargos, Gilvane seguirá no Cidadania. Em relação ao PSDB, o partido tem três pré-candidatos: a vereadora Aava Santiago, o jornalista e suplente de deputado federal, Matheus Ribeiro, e o ex-vice-prefeito de Goiânia, Valdivino de Oliveira.