Soraya Thronicke desafia Eduardo Girão a se posicionar sobre o PL do Aborto

Utilizando as redes sociais, a senadora Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso, fez uma série de perguntas e desafiou ao senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, relacionadas ao Projeto de Lei do Aborto (PL 1904/2024). Até o momento, Girão não respondeu às indagações.

O episódio começou quando Girão postou um vídeo editado em suas redes sociais, combinando imagens do presidente Lula e de um feto. No vídeo, é destacada uma frase de Lula durante uma entrevista à CBN: “Por que uma menina é obrigada a ter um filho de um cara que estuprou ela? Que monstro vai sair do ventre dessa menina?”. Girão acompanhou o vídeo com um texto acusando Lula de ter “princípios e valores degradados” e afirmando que a “máscara” do presidente estava caindo.

Na mensagem, Girão criticou a proposta do PL 1904/2024, referindo-se a ele como o “PL do Aborto”, e afirmou que o projeto visa evitar a morte de bebês viáveis por meio da prática cruel da assistolia fetal, que, segundo ele, até o Conselho Federal de Medicina Veterinária proibiu em eutanásia de animais.

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Em resposta, Thronicke dirigiu quatro perguntas e um pedido a Girão, expressando sua expectativa por respostas rápidas. Veja as perguntas feitas pela senadora:

1. E o dia terminou sem você nos responder o que faria se sua esposa ou se suas filhas fossem estupradas e engravidassem… você levaria a termo a gravidez, e no final assumiria a criança ou daria para adoção?
2. E a sua bancada inteira, o que faria?
3. E por que você aceitou a política de Bolsonaro sobre o aborto?
4. Foram 4 anos fazendo abortos legais pelo SUS… e se esse fundamentalismo prosperar você vai mudar definitivamente para os EUA para poder continuar professando sua fé Kardecista?
5. Quais são os seus projetos de lei para responsabilizar os genitores?
6. E por fim, me mande o contato da atriz/contadora de histórias porque quero contratá-la para encenar uma menina sendo estuprada.

A discussão em torno do PL 1904/2024 continua a gerar intensos debates e controvérsias no cenário político nacional. Atualmente, o Código Penal brasileiro não pune o aborto em casos de estupro nem estabelece um limite gestacional para o procedimento nesses casos específicos. Se aprovado, o projeto significaria uma mudança significativa com penalidades severas.