Febre do Oropouche causa 1º óbito fetal no Brasil, confirma Ministério da Saúde 

O caso, registrado em Pernambuco, envolveu uma gestante de 28 anos que estava na 30ª semana de gestação

Postado em: 03-08-2024 às 14h30
Por: Rauena Zerra
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Exemplar do mosquito Culicoides paraenses, vetor da doença no Brasil I Foto: Divulgação/Fiocruz

Em um novo alerta para a saúde pública, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de óbito fetal causado pela transmissão vertical da Febre do Oropouche. O caso, registrado em Pernambuco, envolveu uma gestante de 28 anos que estava na 30ª semana de gestação.

A descoberta, inédita na literatura científica mundial, coloca em evidência uma nova faceta da doença, que até então era associada a sintomas semelhantes à dengue, como febre alta, dor de cabeça e muscular. A transmissão do vírus da mãe para o feto, com consequências tão graves, exige uma revisão dos protocolos de vigilância epidemiológica e assistência à saúde

Além do caso de Pernambuco, outros oito casos de transmissão vertical estão sendo investigados pelo Ministério da Saúde, com quatro óbitos fetais e quatro casos de anomalias congênitas, como a microcefalia. Os casos estão distribuídos por Pernambuco, Bahia e Acre.

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A Febre do Oropouche é uma doença de notificação compulsória e imediata, o que significa que todos os casos suspeitos devem ser comunicados às autoridades de saúde. Essa medida é fundamental para o monitoramento da doença e a tomada de decisões estratégicas para o controle da epidemia. A classificação como doença de notificação imediata se justifica pelo potencial epidêmico da Febre do Oropouche e pela sua capacidade de mutação, o que a torna uma ameaça constante à saúde pública.

O diagnóstico da Febre do Oropouche é baseado em um conjunto de informações, incluindo o quadro clínico do paciente, os dados epidemiológicos (como local de residência e histórico de viagens) e os resultados de exames laboratoriais. A confirmação do diagnóstico é feita por meio de testes específicos que detectam a presença do vírus no organismo. A notificação compulsória e imediata de todos os casos positivos é essencial para acompanhar a evolução da doença e implementar as medidas de controle necessárias.

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