Além da vacinação, brasileiros precisam manter alimentação saudável e praticar exercícios

Após um ano de pandemia, especialistas de bem estar e saúde analisam os resultados do isolamento e propõem práticas saudáveis conciliadas com a vacinação | Foto: Reprodução

Postado em: 07-02-2021 às 09h45
Por: Nielton Soares
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Após um ano de pandemia, especialistas de bem estar e saúde analisam os resultados do isolamento e propõem práticas saudáveis conciliadas com a vacinação | Foto: Reprodução

Augusto Pereira

Quase um ano após o primeiro caso confirmado de Covid-19 no Brasil e ainda pairam muitas dúvidas sobre os efeitos desse vírus na vida de cada brasileiro. O luto por mais de 220 mil pessoas mortas, os resultados do isolamento social e a virtualização das relações ainda coexistem conosco diariamente. Além disso, alguns reflexos da pandemia já são percebidos por especialistas, entre eles a mudança na alimentação e na prática de atividades físicas.

O Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE Inteligência) divulgaram os resultados da pesquisa sobre os  “Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes”. O estudo concluiu que, em novembro de 2020, mais de 20 milhões de brasileiros deixaram de fazer uma refeição do dia, por questões financeiras. 

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O aumento de 14% no preço dos alimentos em 2020 forçou, principalmente, as famílias mais vulneráveis a abrirem mão de alimentos mais saudáveis, como frutas, carnes, grãos e verduras. Com isso, 29% da população passou a consumir mais alimentos industrializados durante a pandemia, aponta o levantamento da Unicef com o IBOPE Inteligência.

Mas o quanto isso é negativo? O jornal O Hoje entrevistou as nutricionistas clínicas Tatiane Rocha e Jordana Colombo Torres para esclarecer sobre como foi a alimentação dos brasileiros neste ano pandêmico e sobre quais os resultados disso na saúde.

As especialistas afirmam que uma alimentação saudável reforça o sistema imunológico, o que contribui para quadros mais leves de infecção por Covid-19. “Porém durante o isolamento social as pessoas usaram a alimentação de uma forma emocional, como consolo, um acalento e um estar em casa, ou seja, usando a comida como compensação para a pandemia”, diz Jordana. 

Assim como a vacina, alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais ativam as células de defesa que matam os vírus, inclusive o coronavírus. “Mas não vem do dia para a noite, a gente melhora a imunidade fazendo isso no cotidiano e no dia a dia. Então são as frutas, os vegetais, os folhosos e as vitaminas D e C que contribuem no combate às infecções virais”, afirmou Tatiane Rocha. Aliás, a especialista garantiu que doenças, como diabetes, hipertensão e obesidade, também podem apresentar menores riscos de complicações da Covid-19 se houver hábito de alimentação saudável.

Além disso, ainda de acordo com as nutricionistas junto da alimentação o gasto energético com exercícios físicos contribui para “menor risco de agravamento da doença”.

Quem também comenta é o especialista em Treinamento, Maurício Júnior. O fechamento das academias resultou na diminuição da prática de atividades físicas. “Nem todos que gostam de academia, vão a parques ou fazem alguma atividade em casa. E não tem jeito, fica mais difícil seguir uma alimentação correta e vira uma bola de neve”, afirmou. 

Com a reabertura desse setor, o personal trainer garantiu que a academia pode ser um local seguro, desde que cada um faça sua parte. “Use máscara e evite ficar tirando pelo fato de estar cansado do exercício. Ao entrar e ao sair do aparelho, limpe o aparelho e limpe os pesos utilizados, pois outros irão usá-los na sequência. Academia é um lugar que promove saúde, então cabe a cada um se cuidar”, concluiu o profissional. 

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