Construtora questiona relatório

Relatório preliminar, realizado com acompanhamento do CAU-GO, “reforçou o entendimento do MP sobre a existência de irregularidades na obra”

Postado em: 11-06-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Relatório preliminar, realizado com acompanhamento do CAU-GO, “reforçou o entendimento do MP sobre a existência de irregularidades na obra”

A Consciente JFG Incorporações e Participações LTDA se manifestou por meio de uma nota explicativa em resposta à reportagem publicada na edição de ontem a respeito do complexo Nexus. A empresa afirmou que os profissionais responsáveis pelo projeto arquitetônico, assim como os responsáveis pela incorporação do Nexus não foram ouvidos pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de Goiás (CAU-GO) para a elaboração do relatório técnico apresentado ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

A empresa sustenta que “a oitiva dos referidos profissionais é fundamental para que o CAU possa obter esclarecimentos acerca das particularidades do projeto e, assim, tenha conclusões técnicas, assertivas e imparciais. Tanto é que, em reunião realizada na sede do Conselho, no dia 30 de maio, a Consciente Construtora e Incorporações colocou toda a sua equipe de arquitetos ligados ao projeto à disposição do CAU-GO, ficando, desde então acordado que os mesmos seriam ouvidos, antes de qualquer manifestação, para que ficasse assegurado o direito constitucional do contraditório e da ampla defesa”.

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“Todavia, apesar das deliberações tomadas pelo CAU, até a presente data os mesmos não foram procurados. De igual modo, convencionou-se que os arquitetos da prefeitura de Goiânia, responsáveis pela análise e aprovação dos projetos, também seriam ouvidos, não se tendo notícias se essa determinação também fora atendida”, adverte a nota.

De acordo com a empresa, uma reunião realizada no CAU, no dia 30 de maio de 2016, foi acompanhada pela equipe técnica da Consciente Construtora, membros da OAB Goiás (Ordem dos Advogados do Brasil), da Ademi-GO (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário) e do Instituto Cidades.

“Importante informar ainda que os arquitetos que assinam o projeto e atuam na incorporação do empreendimento protocolaram requerimento no dia 3 de junho, solicitando que o CAU fornecesse cópia do procedimento, a ata de reunião; do relatório preliminar; e demais documentos preparados pelo Órgão, para que fosse possibilitada a resposta às dúvidas dos referidos profissionais”, diz o texto.

A Consciente afirma que outro pedido, reiterando a mesma solicitação, foi protocolado nesta sexta-feira, 10 de junho. Contudo, tais pedidos foram ignorados pelo CAU, impossibilitando qualquer conhecimento e manifestação sobre o teor de procedimentos/documentos por parte da empresa. 

A empresa classificou como “precipitadas” e parciais as manifestações acerca do relatório inconcluso e ressaltou que sua equipe continua à disposição para esclarecimentos técnicos e respostas de todas as dúvidas suscitadas. “Reforça ainda que os projetos foram aprovados após atendimento à legislação pertinente; que a obra iniciou de forma regular e legítima pois o empreendimento está rigorosamente enquadrado nas normas e ditames legais, possuindo todas as licenças para tanto.”, encerra o texto.

A reportagem de sexta-feira (10), divulgada pelo MP-GO ressalta que o relatório preliminar, realizado com acompanhamento do CAU-GO, “reforçou o entendimento do MP sobre a existência de irregularidades na obra”. (Da redação com assessoria)

 

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