Repelentes gratuitos contra dengue

Nas seis primeiras semanas deste ano a SES confirmou quase 4 mil casos enquanto em 2016 foram contabilizados 20.642

Postado em: 21-02-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Nas seis primeiras semanas deste ano a SES confirmou quase 4 mil casos enquanto em 2016 foram contabilizados 20.642

Gabriel Araújo*


Para combater o avanço da dengue no estado de Goiás a Secretaria do Estado da Saúde (SES) está distribuindo 178 mil frascos de repelentes de forma gratuita. De acordo com a assessoria da SES, serão distribuídos também 75 mil testes rápidos para os municípios, os testes ajudam na definição de um diagnóstico mais eficiente, já que são detectados casos de zika e chikungunya. 

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O coordenador-geral de Controle de Dengue da SES, Murilo do Carmo, afirmou que é fundamental a rapidez no diagnóstico e realização imediata do tratamento, que contribui para a diminuição das mortes pela doença. Goiás registrou 3.987 casos de dengue este ano, cerca de 81% de queda em relação ao ano de 2017, quando foram confirmados 20.642 casos da doença.

Os municípios do Estado também receberão medicamentos de combate aos sintomas das doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti, como o soro endovenoso, o soro de reidratação oral, o dipirona injetável e em comprimido, utilizados no tratamento das enfermidades.

Segundo o Comitê de Investigação de Óbitos de Dengue, órgão responsável pela investigação de mortes por suspeita de dengue, a SES desenvolverá uma força tarefa em todo o Estado. A ação deve adotar medidas, como a intensificação das visitas domiciliares em todo o território e a antecipação do repasse aos municípios de medicamentos necessários ao tratamento da dengue. 

A SES ainda informou que as localidades com maiores índices de infestação pelo Aedes, maior número de casos da doença e maior contingente populacional são os municípios de Acreúna, Caldas Novas, Iporá, Paranaiguara, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde e São Simão, localizados em diferentes regiões do Estado.

O secretário de Estado da Saúde, Leonardo Vilela, afirmou que o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya exige uma ação de união dos Poderes Executivos do Estado e dos municípios. Ele lembrou a ação Goiás contra o Aedes, que foi criada no final do ano de 2015 e conseguiu diminuir de forma significativa os índices de infestação do inseto e os números dos casos de dengue em todo o território estadual.


Transmissão

De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue é a doença viral que mais se espalha pelo mundo atualmente. A dengue dissemina-se especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde nos últimos 50 anos, a incidência aumentou 30 vezes com aumento da expansão geográfica para novos países e para pequenas cidades e áreas rurais.

Ainda segundo o Ministério, não existem medidas de controle da doença, por essa razão o foco está no combate ao mosquito. “O controle está centrado na redução da densidade vetorial, como por exemplo, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros do mosquito”, afirmou.

O Ministério recomenda o uso de inseticidas doméstico em aerossol, a instalação de estruturas de proteção no domicílio como tela em janelas e portas, a utilização de roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia. 

O Instituto Oswaldo Cruz informou que os principais criadouros do mosquito, segundo pesquisas, são os grandes reservatórios, como caixas d’água, galões e tonéis, são os criadouros que mais produzem Aedes aegypti e, portanto, os mais perigosos. “Isso não significa que a população possa descuidar da atenção a pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado e o poço de elevador. O Aedes aegypti coloca seus ovos, preferencialmente, nas paredes de criadouros com água limpa e parada, bem próximo à superfície da água”, confirmou. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian). 

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