Filho recebe 30 mil de hospital por trocar corpo da mãe

Homem relata no processo que, após horas de espera pela liberação do corpo da mãe, descobriu que ele havia sido trocado e, ao ser devolvido, estava nu

Postado em: 20-03-2018 às 14h50
Por: Katrine Fernandes
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Homem relata no processo que, após horas de espera pela liberação do corpo da mãe, descobriu que ele havia sido trocado e, ao ser devolvido, estava nu

O Hospital Evangélico Goiano (HEG), localizado em Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi condenado a pagar R$ 30 mil de danos morais para Walter Gomes Veloso por ter trocado o corpo da mãe dele com o de outra mulher. Por causa da confusão, o corpo de Henriqueta Veloso ainda foi levado para Itapaci, a 200 km de distância, e, ao ser devolvido, estava nu.

A decisão foi tomada pelo juiz Walmory Sanches, no último dia 8, e ainda cabe recurso. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do HEG, mas não recebeu um posicionamento até a publicação desta reportagem.

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Henriqueta morreu na madrugada de 9 abril de 2014. De acordo com o processo, a família desejava enterrar o corpo no início da manhã do mesmo dia, mas o hospital não liberou o corpo a tempo.

Troca de corpo

Segundo o processo, os parentes cobravam da unidade de saúde a liberação do corpo, mas não obtiveram sucesso. Só depois do meio-dia um funcionário do HEG falou sobre a confusão para a família.

No relato dos parentes consta que Henriqueta foi arrumada com as roupas levadas pelos familiares da outra mulher que morreu no hospital. Quando desfizeram a troca, a idosa estava nua, o que causou mais indignação à família.

“Ao receber o corpo da senhora Henriqueta completamente descoberto, despida, nua, sem nenhum cuidado, onde, muito embora esta já não pudesse mais sentir frio, por sua ausência de vida, entretanto, tal cena tocou profundamente a todos os familiares”, alega a acusação.

Os parentes de Herinqueta pediram R$ 1 milhão por danos morais. O juiz considerou que o hospital agiu com “absoluta negligência”, mas avaliou que a quantia pedida era “fora da realidade” e a reduziu para R$ 30 mil.

“Revela-se inimaginável a fúria, a angústia, o sentimento de impotência do filho e da família. Até na hora da morte o brasileiro não é respeitado. Um espetáculo surreal”, defende o magistrado na ação. 

Fonte:G1 Goiás

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