Preso em Caldas Novas, piloto do PCC diz ter medo de morrer

A polícia chegou ao suspeito durante a investigação de um outro piloto de helicóptero foragido e que é investigado por tráfico de drogas

Postado em: 16-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A polícia chegou ao suspeito durante a investigação de um outro piloto de helicóptero foragido e que é investigado por tráfico de drogas

Márcio Souza*

O piloto Felipe Ramos Morais, de 31 anos, foi preso pela Polícia Civil de Goiás, na segunda-feira (14), em um apartamento na cidade de Caldas Novas, na Região Sul do Estado. Ele é suspeito de participar de um duplo homicídio a supostos líderes da facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC), Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”, e Fabiano Alves de Souza, o “Paca”, em fevereiro deste ano, na reserva indígena de Aquiraz, a 30 km de Fortaleza, Capital do Ceará. 

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A polícia chegou ao suspeito durante a investigação de um outro piloto de helicóptero foragido e que é investigado por tráfico de drogas. Mas, chegando ao local, os policiais encontraram Felipe que, no momento, estava usando um documento falso. Segundo ele, estava com medo de ser morto por integrantes da facção, por isso tentava omitir a verdadeira identificação. 

Em 2016, Felipe prestou serviço de piloto para o também integrante do PCC Wagner Ferreira da Silva, de 32 anos, conhecido como “Waguinho”. Depois de descobrir que ele era traficante, tentou deixar a função, quando foi ameaçado de morte e torturado por diversas vezes. De acordo com investigações, o crime na reserva indígena teria sido executado por Wagner que, dias depois, foi morto em frente a um hotel em São Paulo. 

“Quando o Waguinho me contratou disse que era só para levar a família e amigos para viagens de passeio, mas no final do ano passado eu descobri quem ele era e pedi as contas, mas ele falou que eu só poderia deixá-lo quando apresentasse outro piloto de confiança para a quadrilha”, relatou Felipe.

À polícia, ele contou que não sabia que os chefes da facção levados por ele de helicóptero para a emboscada na aldeia indígena seriam executados. 

Em Goiânia, Felipe possui uma empresa de aeronaves. São quatro helicópteros modelo Robinson 44 no nome da empresa dele. Entre elas, duas não podem voar depois dele ter sido preso transportando pasta base de cocaína em 2012 e em 2015.

Ele deverá ser levado para Fortaleza ainda esta semana, onde teve prisão preventiva decretada pela Justiça Estadual à pedido da Polícia Civil. 

 

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