Operação da PF teve sete alvos e seis presos por supostos desvios da Saúde por OS

Dentre os detidos estão Alexandre Baldy e Rafael Lousa, ex-deputado por Goiás e ex-Juceg, respectivamente - Foto: Reprodução.

Postado em: 06-08-2020 às 16h00
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Operação da PF teve sete alvos e seis presos por supostos desvios da Saúde por OS
Dentre os detidos estão Alexandre Baldy e Rafael Lousa, ex-deputado por Goiás e ex-Juceg, respectivamente - Foto: Reprodução.

Nielton Soares

Deflagrada pela Polícia Federal do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (06), a Operação Dardanários, que investiga desvios na área da saúde, atingiu sete alvos. Seis deles tiveram mandados de prisão temporária. 

Dentre os quais: Alexandre Baldy, secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, ex-deputado federal por Goiás, ex-ministro das Cidades no governo Temer e ex-secretário de Indústria e Comércio do governo Marconi Perillo; presidente do PP de Goiás; e Rafael Lousa – ex-presidente da Junta Comercial de Goiás e ex-assessor da SIC no governo Marconi Perillo; ex-presidente do diretório metropolitano do PSDB. 

Continua após a publicidade

Foram presos também: Rodrigo Sérgio Dias é ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e primo de Baldy.e Rafael Lousa – ex-presidente da Junta Comercial de Goiás e ex-assessor da SIC no governo Marconi Perillo; ex-presidente do diretório metropolitano do PSDB; Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fiocruz; Carlos Augusto Brandão – ex-presidente da comissão de licitação e ex-assessor da chefia de gabinete da Juceg; e Izídio Ferreira dos Santos Júnior, ex-diretor de Atendimento, Integração e Redesim da Juceg.

Além dos detidos, foram realizados apreensões nos endereços dos seis suspeitos e na casa da mulher de Alexandre Baldy, Luana Barbosa Limírio Gonçalves de Sant´Anna Braga.

Delação premiada 

As prisões temporárias foram autorizadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, com base na delegação de três colaboradores de Organização Social (OS), que apontaram envolvimento de ex-ministro no esquema. Segundo as investigações, Baldy pode ter usado o núcleo familiar para dissimular o capital ilícito. 

A polícia identificou compras suspeitas por parte da família do atual secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo. A CNN Brasil divulgou trechos da decisão do magistrado, revelando que Baldy pode ter usado a esposa e o sogro  para dissimular o dinheiro desviado entre 2012 e 2017.

De acordo com o relatório do Controle de Atividades Financeiras (Coaf), responsável por identificar atividades financeiras suspeitas, mostram que a esposa de Baldy adquiriu, em 2015, uma aeronave de mais de R$ 1 milhão.

Nesta manhã, a PF aprendeu pelo menos R$ 90 mil em espécie guardado em dois cofres, segundo a polícia, a residência é de propriedade de Baldy, em Brasília.

Respostas

Segundo a assessoria de Baldy, por ntoa, a prisão dele foi desnecessária e exagerada “por fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou”. 

Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que “os fatos que levaram as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de São Paulo”. 

Acerca da prisão de Rafael Lousa, que atuou no governo do PSDB em Goiás, ocupando cargos na Secretaria da Indústria e Comércio e na Juceg, o partido informou que “jamais tivemos notícia de atos de ilicitude ou ilegalidade por parte dele”.

A Juceg, em comunicado, frisou que a operação é relacionada a contratos da gestão do ex-governador Marconi Perillo, do ano de 2013. “A Juceg esclarece ainda que não foi alvo de nenhum mandado por parte da PF e tampouco por parte do MPF na data de hoje e que há, em vigência, desde 2019, quando a nova gestão do Governo de Goiás assumiu, 25 contratos atuais com empresas, nenhuma delas citadas na operação”. 

Veja Também