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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Política

Dilma explica revisão de programa

Um dia após as vaias sofridas no plenário do Congresso por defender a recriação da CPMF, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem em Indaiatuba, interior de São Paulo, ter revisado a terceira fase do Minha Casa Minha Vida que, agora, terá dois milhões de casas até 2018. Durante sua última campanha presidencial e durante o […]

Postado em 4 de fevereiro de 2016 por Redação
Dilma explica revisão de programa

Um dia após as vaias sofridas no plenário do Congresso por defender a recriação da CPMF, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem em Indaiatuba, interior de São Paulo, ter revisado a terceira fase do Minha Casa Minha Vida que, agora, terá dois milhões de casas até 2018. Durante sua última campanha presidencial e durante o ano de 2015, o governo Dilma falava em 3 milhões de casas até a conclusão de seu mandato, em 2018. 

– Tivemos que rever os valores porque o Brasil enfrenta problemas, e estamos calculando que vamos fazer 2 milhões de moradias até 2018. É o maior programa habitacional da América Latina. Só não deve ser maior do que o da China. A parcela que vocês pagam da prestação transforma esse no maior programa popular da América Latina. Temos feito um esforço para crescer. De maneira alguma cortamos programas sociais. Fizemos um esforço para manter o Minha Casa Minha Vida – salientou a presidente. 

Dilma ignorou o protesto de parlamentares da oposição na véspera durante sua viagem ao interior de São Paulo e falou somente sobre o programa, entregando de 2.048 apartamentos do Minha Casa, Minha Vida 2. Ao lado do Ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com quem posou para fotos, Dilma anunciou estar fechando, em março, o Minha Casa Minha Vida 3. 

– É um programa nacional, porque os brasileiros, aqueles que mais precisam, que não tem renda suficiente para chegar ao banco e pedir um empréstimo, essas famílias precisavam ser ajudadas. Ao longo de todo esse período que levantamos problemas, construindo e contratando moradia, percebemos que a renda das pessoas não dava para comprar uma própria porque a prestação não cabia no bolso O governo federal, ainda no fim do mandato do presidente Lula, resolveu que uma parte dos tributos tinha que completar a renda das pessoas para que não tivéssemos essa desigualdade: uns com casa e outros sem – disse Dilma.

Cada uma das autoridades presentes fez a entrega simbólica das chaves a algumas famílias, e Alckmin foi vaiado na sua vez, assim como quando foi chamado para fazer seu discurso.

Simultaneamente à entrega dos apartamentos de 51,15m² no Condomínio Residencial Indaiatuba, com investimento de R$ 194,9 milhões, ocorreram o lançamento de outras 5.792 unidades habitacionais em quatro estados, beneficiando 31 mil pessoas. Todos são destinados a famílias com renda de até R$ 1,6 mil (faixa 1). Antes de a presidente falar, todos os eventos da entrega simbólica das chaves foram transmitidos ao vivo no telão instalado ao lado do palco durante 50 minutos, com sete ministros, além de governadores e prefeitos enaltecendo Dilma, Lula e o programa. Com a presença de sete prefeitos (três do PT e quatro de partidos aliados), além de deputados de diversos partidos, o evento reuniu uma multidão na arena montada com capacidade para 6 mil pessoas. (AG) 

Anunciada nova etapa 

No dia anterior, Dilma já havia anunciado que a terceira fase do programa deve começar ainda este mês ou no próximo, com meta de construção de mais 1,6 milhão de moradias em 2016. Segundo ela, até dezembro foram entregues 2.513.000 unidades. A presidente também reiterou a atualização dos valores de renda e de financiamento, com a criação da faixa 1,5, para famílias que ganhem até R$ 2.350, atendendo a pedidos de empresários. O reajuste nas prestações pagas pelos beneficiados deve ser de R$ 25 para R$ 75. 

No entanto, com os cortes orçamentários, o “Minha Casa”, um dos carros-chefe dos programas sociais do PT, tem a previsão de queda de investimentos de R$ 19,2 bilhões em 2015 para R$ 6,9 bilhões este ano. Ainda em São Paulo, foram entregues 384 imóveis em Jundiaí, sob o custo de 103,1 milhões, e 600 em Itu, com gastos de R$ 51 milhões. (AG) 

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