Defesa Civil está em estado de atenção para alagamentos
Basta o tempo fechar para uma parte da população ficar apreensiva. A chuva traz preocupação para os moradores de áreas de risco de Goiânia e de todo o Estado de Goiás. Na capital, conforme mapeamento realizado pela Defesa Civil, 54 pontos estão sujeitos a alagamentos, incluindo os bairros que foram atingidos pela enchente ocorrida no […]
Basta o tempo fechar para uma parte da população ficar apreensiva. A chuva traz preocupação para os moradores de áreas de risco de Goiânia e de todo o Estado de Goiás. Na capital, conforme mapeamento realizado pela Defesa Civil, 54 pontos estão sujeitos a alagamentos, incluindo os bairros que foram atingidos pela enchente ocorrida no dia 19 de janeiro, quando houve o extravasamento dos Córregos Cascavel, Ribeirão Anicuns e Rio Meia Ponte.
As Vilas São José, São Paulo e Roriz, localizadas na Região Noroeste, onde cerca de 700 famílias tiveram que ser retiradas às pressas pelas equipes de resgate, estão em nível de alerta e são monitoradas constantemente por parte do órgão. O comandante da Operação Enchentes e Alagamentos, tenente-coronel Marcos Abraão Monteiro de Paiva, afirma que, assim que começa a chover, os militares ficam por perto, caso haja a necessidade de orientar e realocar os moradores.
“Em relação às pessoas que moram em áreas de alagamento, que fiquem atentas às cheias dos rios e que observem se tem algum colapso na estrutura das suas casas. Acontecendo isso, procurem algum lugar seguro para a família se abrigar”, diz.
O volume de chuva registrado no início do ano também causou transbordamento de córregos e rios em outros pontos. No dia 27 de janeiro, 23 imóveis foram danificados pela cheia do Córrego Lavapés e Rio das Almas, além da tradicional Rua do Lazer. A chuva também causou estragos e destruiu 24 moradias na comunidade Vão do Moleque, em Cavalcante. O fato ocorreu na madrugada do dia 29 de janeiro. A Operação Enchentes e Alagamentos se estende até meados de junho.
O Entorno de Brasília, onde há cidades próximas a encostas, rios e montanhas, e o Vale do Araguaia, são regiões críticas e integram as mais de 200 áreas de risco identificadas em Goiás. “Apesar da boa vazão do Rio Araguaia, algumas partes estão chegando à cota-limite por causa da quantidade de chuva e despertam atenção. Por isso, estamos sempre monitorando as réguas e informações que são repassadas para saber se existe a necessidade de intervenção ou se o município consegue resolver o problema antes de acionar o órgão”, explica.
Paiva diz que as pessoas em situação de risco iminente de catástrofes naturais não podem se arriscar, “pagar para ver”. Ele recomenda ter sempre em mãos o contato de um amigo, parente, igreja ou ginásio para recorrer durante uma emergência. O poder público já tem esses telefones cadastrados. Nas cidades onde não existe a Defesa Civil, a orientação é acionar o Serviço de Ação Social municipal ou Polícia Militar ou então solicitar ao prefeito a instalação de uma comissão de defesa civil.
Cartilha
Em dezembro, o Comando de Operações de Defesa Civil (Codec) distribuiu cartilhas educativas para moradores de áreas de risco com dicas importantes para a população se proteger durante o período chuvoso. Com uma linguagem simples e bem ilustrada, a publicação explica aos moradores como agir no caso de ter inundações provocadas por chuvas fortes. O material produzido pelos bombeiros será distribuído em escolas e em residências próximo às áreas de risco. Segundo os meteorologistas, Goiás tem previsão de chuvas mais intensas com risco de enchentes até o final de março. A preocupação dos bombeiros é em prevenir e minimizar os danos durante o período.
Dicas
Motoristas que passarem por pontos de alagamento, geralmente baixadas próximas a córregos e rios, devem abandonar o carro e procurar um local seguro para esperar o nível d´água baixar. Só depois prossiga a viagem.
Após a inundação é aconselhado não retornar à residência até que técnicos da Defesa Civil e Bombeiros façam a inspeção de segurança; observar trincas e rachaduras nas paredes e certificar-se de que não há fios desencapados antes de ligar a eletricidade. Assim como os humanos, os animais peçonhentos como cobras e escorpiões procuram se abrigar em pontos mais altos para se protegerem e quando a situação volta ao normal vale redobrar a atenção para não ser surpreendido por eles.
Também faz-se necessário prevenir as contaminações decorrentes do contato com a água suja, que pode transmitir uma série de doenças como a leptospirose e verminoses em geral e causar diarreia. A Defesa Civil recomenda que a pessoa acione a Secretaria Municipal de Saúde para tornar a água potável e recomenda-se que lave a caixa d´água em se tratando de pessoas idosas.
(Goiás Agora) (Foto: Defesa Civil)