Marconi atribui invasão à Seduce a setores do PT
Na Austrália, governador lamenta nova ocupação na Secretaria de Educação e classifica tática de radicais petistas como “absurda”
De Sydney, onde chefia missão comercial, o governador Marconi Perillo (PSDB) reagiu à nova invasão da sede da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), por movimentos contrários à gestão compartilhada nas escolas públicas estaduais.
“É mais uma tentativa de radicais rancorosos de desviar o foco dos autores dos escândalos políticos e desastres econômicos protagonizados por setores do PT”, disse ao jornal A Redação.
A ocupação se deu no domingo, por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) ocuparam a Seduce. Ontem pela manhã, o grupo, formado por cerca de 800 pessoas, não permitiu a entrada dos servidores no prédio.
Marconi lamentou a invasão, por classificá-la como “absurda”, considerando o ato “como mais um capítulo da tática radical” de tentar envolver os governos estaduais em crises. “Os governadores estão trabalhando duro para superar a crise. Setores partidários estão envolvidos em muitos escândalos e sua estratégia de defesa é tentar nos nivelar com eles”, disse.
Segundo ele, os invasores são instrumentalizados por pessoas que não têm interesse no debate para melhorar a educação em Goiás e no Brasil. “Para eles, não interessa o debate sobre melhoria da educação no País. Esses movimentos radicais não estão preocupados com educação, mas só em usar esse momento de debater a educação como forma de desviar a atenção das bandalheiras que foram praticadas no País”, afirmou.
Marconi lamentou que a prática de oposicionistas à sua gestão acabe interferindo no pleno funcionamento do sistema público de ensino. “É um absurdo que radicais estimulem a invasão de órgãos públicos, escolas e secretarias numa tentativa mesquinha e irresponsável de desviar a opinião pública dos escândalos que paralisaram o País”, criticou.
Ontem à tarde os manifestantes desocuparam a Secretaria. A sede já havia sido invadida no dia 26 de janeiro por manifestantes mascarados que se dizem contrários ao processo de implantação da gestão compartilhada com as Organizações Sociais (OSs) nas escolas estaduais. Na ocasião, o grupo fez um acordo com a Polícia Militar para garantir o funcionamento normal do prédio.
Escolas
Por conta da ocupação de escolas públicas estaduais, Marconi já havia se manifestado, não escondendo a sua indignação contra os que colocam contra o processo de gestão de Organizações Sociais na Educação. “É o corporativismo e o sindicalismo inconseqüente que não se preocupam com o nosso país”, disse à época. “É impressionante o reacionarismo daqueles que estão na contramão para tentar impedir uma boa ideia”.