Grupo se une para entregar alimentos para refugiados
Equipe determinou a criação de uma força-tarefa para coordenar operações humanitárias em áreas sitiadas ou de difícil acesso
Uma força-tarefa apoiada pelas Nações Unidas e composta por membros do Grupo de Apoio Internacional à Síria (ISSG) reuniu-se nesta sexta-feira (12), em Genebra, para definir os parâmetros e condições do acesso humanitário a regiões sitiadas do país. O encontro, organizado por agências da ONU, ocorreu menos de 24 horas após integrantes do ISSG acordarem, na véspera (11), uma cessação das hostilidades e o estabelecimento de uma equipe para coordenar as operações humanitárias em áreas sob cerco.
Conforme estabelecido pelas negociações do Grupo Internacional, a entrega de assistência a sete áreas sitiadas, na Síria, deveria começar ainda nessa semana. Locais previstos para receberem ajuda incluem a região rural de Damasco e as cidades de Madaya e Deir ez-Zor. Antes da reunião da força-tarefa, o diretor interino do Serviço de Informação da ONU na capital Suíça, Ahmed Fawzi, expressou sua expectativa quanto à possibilidade de que comboios humanitários fossem despachados já no sábado.
Ajuda
O grupo que se reuniu na sexta-feira envolveu entidades relevantes da ONU, como o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e representantes da Organização em Damasco, que participaram por videoconferência. A reunião também contou com a presença dos codiretores do ISSG e membros do Grupo Internacional com influência sobre os lados do conflito sírio.
Após o encontro, o porta-voz do enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, informou que a força-tarefa discutiu como seus membros poderiam assegurar o acesso imediato das organizações humanitárias. Populações em situação de maior urgência serão as primeiras a receber ajuda.
O coordenador humanitário da ONU, Stephen O’Brien, elogiou os esforços do ISSG e reiterou seu pedido pelo acesso irrestrito e duradouro das organizações humanitárias à população síria. “O povo da Síria – em Aleppo, Madaya, Foah, Kefraya, Deir ez-Zor e outros lugares – precisa de um fim à violência brutal e aos bombardeamentos, aos cercos, à negação do livre ir e vir, de alimentos e cuidado médico”, afirmou. (ONU Brasil)