O professor PhD em Engenharia Civil, Flávio Sohler, concluiu no exterior sua tese de pós-doutorado que tem como tema “Segurança de barragens: uma abordagem patológica de riscos qualitativos e quantitativos”. Flávio é coordenador de MBAs na área de engenharia do Instituto de Pós-graduação e Graduação (IPOG).

O estudo consiste em tratar do desenvolvimento de um modelo de análise de riscos quanto à segurança para o portfólio de barragens da Eletrobrás. O intuito é prevenir acidentes com barragens como o acontecido recentemente em Mariana-MG.

A oportunidade de realizar o estudo surgiu em 2013 quando as empresas participantes da Eletrobrás, onde ele atua como engenheiro na área de projetos e riscos, organizou uma seleção de melhores projetos juntamente com o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ) de Brasília. Contemplado com uma bolsa, Flávio deu início à sua tese em fevereiro de 2014 envolvendo o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) de Lisboa Portugal e a Universidade de Hamburg-Harburg em Hamburgo na Alemanha. A conclusão da tese ocorreu depois de um ano.

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A vontade de realizar o estudo se deu a partir da análise de que o Brasil possui bastante métodos científicos aplicados à riscos químicos e físicos, ou seja, riscos organizacionais como por exemplo, como se deve utilizar os equipamentos de segurança ou riscos com alguma substância. O estudo dele trata dos riscos de engenharia de uma barragem  um dos principais critérios para desenvolver a parte quantitativa da tese é a verificação da probabilidade de algum risco acontecer utilizando um sistema de alerta preventivo. Desta forma, as pessoas ficam cientes do que pode vir a acontecer para que sejam tomadas as devidas providências, evitando o acidente.

De acordo com o professor, outro fator importante para o desenvolvimento da tese, foi a criação da Lei 12.334/2010 que estabelece políticas de segurança nacional de barragens. Flávio ressalta que a criação da lei, que começou a ser discutida por volta do ano de 2002, foi importante para atribuir as responsabilidades dos acidentes aos donos das barragens e fiscalização por parte das agências do governo.

O especialista afirma que o Estado de Goiás não corre grandes riscos de ter um acidente como o de Minas Gerais, pois possui usinas pequenas. Porém, Flávio ressalta a importância de focar na prevenção de acidentes como esses. “É muito melhor conhecer os riscos de uma barragem para evitar que algo aconteça, pois existem perdas que são irreparáveis, como a morte de pessoas”.