União Europeia exige redução “substancial e sustentável” de migração ilegal
Os líderes consideraram o número de pessoas que chegam à Grécia vindas da Turquia “muito elevado”
Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE)
exigiram hoje (19) “uma substancial e sustentável redução no número de
entradas ilegais” a partir da Turquia para a União Europeia.
Nas conclusões sobre migrações apresentadas na reunião de
cúpula europeia, que termina hoje em Bruxelas, lê-se que para a redução
“substancial e sustentável são necessários mais esforços também do lado
turco, para garantir uma implementação efetiva do plano de ação”.
Após cerca de 10 horas de reunião, os líderes dos 28 países
reafirmaram ainda que a “rápida e completa implementação” do plano
conjunto da União Europeia com a Turquia continua a prioridade para travar o
fluxo de migrantes e combater os contrabandistas.
Os líderes observaram que o número de pessoas que chegam à
Grécia vindas da Turquia “continua muito elevado”.
O Conselho Europeu destacou a importância de “proteger
as fronteiras externas e salvaguardar a integridade do Espaço Schengen [convenção
sobre livre circulação na Europa]” e saudou a decisão da Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan) de integrar as operações de vigilância de
travessias ilegais no mar Egeu.
Nas conclusões apresentadas também foram citados incentivos
a outros países envolvidos, para garantir o regresso e a readmissão de
migrantes, especialmente os países das rotas dos Balcãs. “Também é
importante continuar a vigilância sobre potenciais acontecimentos em outras
rotas” para que se tomem ações rapidamente”.
A gestão das fronteiras externas, os centros de registro
(hotspots), a aceleração do processo de criação da guarda costeira europeia e o
convite ao Banco Europeu de Investimento para “desenvolver ideias”
para contribuir com respostas à crise de migrações foram outros pontos
abordados.
A declaração dos líderes destacou que resultados serão
alcançados apenas se a estratégia for seguida pelas instituições e
Estados-membros, que devem “agir em conjunto e em completa
coordenação”. (Agência Brasil)