Cerca de 8 mil migrantes estão retidos na fronteira entre a Grécia e a Macedônia
Cerca de 8 mil migrantes estão retidos na fronteira entre Grécia e Macedônia e no principal porto grego
Segundo a polícia, são cerca de 5 mil refugiados e migrantes
retidos no posto de Idomeni, na fronteira com a Macedônia, e outros 3 mil no
Porto de Pireu. Com isso, o governo grego anunciou negociações diplomáticas com
o governo da Macedônia que, na última sexta-feira (19), fechou sua fronteira
para refugiados afegãos.
“Iniciamos negociações diplomáticas. Acreditamos que o
problema vai ser resolvido”, disse o ministro-adjunto do Interior para as
Migrações, Ioannis Mouzalas, a uma emissora do parlamento grego, sem adiantar
que medidas estão sendo tomadas.
O bloqueio do fluxo migratório para os países da Europa
central e do norte, que até agora permitia a passagem de sírios, iraquianos e
afegãos, ocorre depois que a Áustria decidiu limitar a 80 o número de pedidos
de asilo por dia e a 3,2 mil o número de pessoas autorizadas a passar pela
fronteira.
“Se Áustria fechar as suas fronteiras haverá um efeito
dominó” na rota que atravessa os países dos Balcãs, afirmou uma fonte
governamental que acrescentou ainda: “Não esperamos uma solução
diplomática hoje”.
As ilhas gregas continuam a ser a principal porta de entrada
dos migrantes na Europa. Depois de registrados nas ilhas, os migrantes
deslocam-se para o principal porto de Atenas, o Pireu, de onde seguem para o
campo de refugidos de Idomeni. Do campo, saem de território grego com destino
sobretudo à Alemanha e a países escandinavos.
O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, criticou
no último domingo (21) “a inaceitável” decisão da Áustria, que convocou uma
minicúpula sobre migrações com os líderes dos países balcãs para a próxima
quarta-feira (24).
“Não funcionará se alguns países pensarem que podem resolver
o problema colocando peso extra nas costas da Alemanha”, disse o ministro
alemão, acrescentando que vai levantar a questão na próxima reunião de
ministros do Interior da União Europeia (UE) na quinta-feira (25).
Agência Brasil (Foto:Nake Bateve/EPA/Agência Lusa)