O setor de serviços goiano teve, em janeiro, o pior resultado no volume de vendas registrado na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), negativo em 10,6%, também a primeira queda na casa dos dois dígitos. A receita do setor caiu 4,7%, também a maior da pesquisa divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Das cinco diferentes atividades que compõem o setor de serviços, analisadas na PMS, apenas uma apresentou variação positiva na receita nominal em comparação com janeiro de 2015: Serviços profissionais, administrativos e complementares, com 0,6%. 

As outras atividades apresentaram variação negativa, com a maior delas na atividade de Outros Serviços 2 (-17,7%), seguida pela atividade de Serviços de Informação e Comunicação (-7,9%). No acumulado dos últimos 12 meses, a atividade de Serviços profissionais, administrativos e complementares teve variação de 7,0%, maior variação positiva dentre as atividades, seguida de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio com 2,9%, em comparação com o acumulado de fevereiro de 2014 a janeiro de 2015.

No País, o volume do setor de serviços encolheu 5% em janeiro, repetindo a queda de dezembro. O resultado é o pior para o mês desde o início da série histórica, em 2012. No acumulado em 12 meses, o resultado da PMS registrou baixa de 3,7% – maior queda já registrada pela pesquisa nessa comparação. O cálculo do volume é obtido descontando a inflação da receita nominal.

Já a receita nominal registrou leve recuo de 0,1% em janeiro, enquanto no acumulado em 12 meses houve avanço de 1,1%, de acordo com os dados do IBGE. Todas as atividades pesquisadas pelo IBGE registraram recuo no primeiro mês deste ano. 

O setor de serviços recuou em termos de volume em 20 das 27 unidades da federação no primeiro ano de 2016. Mato Grosso (17,5%), Distrito Federal (13,3%), Roraima (11,2%), Alagoas (6,3%), Mato Grosso do Sul (3,8%), Rondônia (1,4%) e Ceará (0,4%) foram os únicos a registrar resultado positivo. As variações negativas mais intensas foram no Amapá (-19,1%), Amazonas (-14,0%) e Pernambuco (-11,4%). (Redação com AG)