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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
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Mais Médico chega ao extremo Norte do Brasil

No total, são 118 médicos cubanos, sete deles no município de Oiapoque. Atualmente, 93% dos médicos do Amapá são cubanos

Postado em 20 de março de 2016 por Sheyla Sousa
Mais Médico chega ao extremo Norte do Brasil
No total

Tema de música popular, nome de dupla sertaneja, título de livro e expressão tradicional da extensão territorial do Brasil. Não fosse o dito popular “do Oiapoque ao Chuí”, talvez o município do estado do Amapá não fosse tão conhecido. Entretanto, geralmente as informações que as pessoas têm sobre a cidade não ultrapassam a expressão idiomática, que traduz a extensão territorial do Brasil através das cidades que marcam os extremos norte e sul do país.

O estado do Amapá recebeu 118 médicos cubanos através do programa ‘Mais Médicos’, e sete destes foram para o município de Oiapoque. Hoje, aproximadamente 93% dos médicos no estado do Amapá são cubanos oriundos da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.

“Eu mesmo nunca tinha ouvido falar do Oiapoque. Só conheci a cidade quando comecei a trabalhar aqui”, conta o cubano Leonardo Cabrera, supervisor da OPAS/OMS para o programa Mais Médicos nos estados de Amapá e Roraima.

Oiapoque fica a 550 quilômetros de Macapá, capital do estado do Amapá, e foi considerado o ponto mais setentrional do Brasil durante décadas. O que pouca gente sabe é que, em 1998, uma expedição descobriu que, na verdade, o ponto mais ao norte do país é o Monte Caburaí, em Roraima.

Euclides Bell Calzado é um deles. O médico cubano chegou a Oiapoque em novembro de 2013 e destaca a escassez de médicos que havia no município: “O primeiro problema era a falta de recursos humanos, de médicos na atenção básica, principalmente para uma população tão grande, necessitada e fronteiriça. Além disso, a atenção hospitalar era muito precária. E sendo um município tão distante da capital, não havia como tratar a população”.

As consultas são programadas, e as visitas domiciliares acontecem uma vez por semana. “Antes desses médicos chegarem aqui, nunca um médico tinha vindo na minha casa me visitar. O único que vem é o doutor Euclides. Ele vem na minha casa, me consulta, sabe o que está acontecendo comigo. Eu tenho a passagem com ele duas vezes por mês, às vezes até três vezes por mês. Isso foi uma maravilha para nós”, conta Maria de Jesus, paciente de Euclides.

 

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