Ministros vão tomar decisão conjunta
Os ministros do PMDB se reuniram e decidiram que tomarão uma posição conjunta sobre a permanência ou não no governo e aguardarão a definição do partido no próximo dia 29. A ideia, segundo um deles, é respeitar a decisão do partido. Irritado com a nomeação de Mauro Lopes (Aviação Civil) mesmo depois de o partido […]
Os ministros do PMDB se reuniram e decidiram que tomarão uma posição conjunta sobre a permanência ou não no governo e aguardarão a definição do partido no próximo dia 29. A ideia, segundo um deles, é respeitar a decisão do partido. Irritado com a nomeação de Mauro Lopes (Aviação Civil) mesmo depois de o partido ter decidido pela suspensão das nomeações por 30 dias, o presidente nacional do PMDB, o vice-presidente Michel Temer, antecipou para dia 29 uma reunião do comando nacional para debater a crise. Temer, segundo interlocutores, está em São Paulo e ainda não conversou com o ex-presidente Lula.
Segundo um dos ministros, o encontro foi na semana passada e eles decidiram tomar uma posição conjunta sobre a crise. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, não participou do encontro. Ela é muito ligada à presidente Dilma Rousseff, mas teria entrado em conflito com Lula.
Mauro Lopes ainda não era ministro. Ele tomou posse na quinta-feira. A cúpula do PMDB não compareceu à cerimônia.
– Os ministros do PMDB terão uma posição conjunta e aguardarão a discussão e decisão do partido. A posição será partidária – disse um ministro.
O PMDB tem sete ministros: Eduardo Braga (Minas e Energia), Marcelo Castro (Saúde), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Kátia Abreu (Agricultura) e agora Mauro Lopes (Aviação Civil).
Desde a semana passada, o ex-presidente Lula vem mobilizando aliados para tentar evitar a aprovação de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso. Lula está telefonando para vários parlamentares, como o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e outros aliados. Aliados disseram a Lula, como antecipou o site de O GLOBO, que ele precisava “resolver o problema do PMDB”. A ideia seria dar mais cargos ao partido. (AG)