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domingo, 22 de dezembro de 2024
Política

Fim da aliança com PT divide vereadores do PMDB

Parte da bancada peemedebista na Câmara de Goiânia prega cautela em relação a um eventual rompimento com o prefeito petista Paulo Garcia

Postado em 23 de março de 2016 por Sheyla Sousa
Fim da aliança com PT divide vereadores do PMDB
Parte da bancada peemedebista na Câmara de Goiânia prega cautela em relação a um eventual rompimento com o prefeito petista Paulo Garcia

Sara Queiroz

As últimas declarações do prefeito Paulo Garcia (PT) e uma eventual ruptura cada vez mais perto da aliança entre PMDB e PT, ainda são vistas com cautela por parte dos vereadores peemedebistas na Câmara de Goiânia. Na manhã de ontem, apenas dois vereadores se posicionavam à favor do fim da aliança e passar a compor a oposição ao Paço. O restante pregava cautela. No entanto, três deles cogitam a possibilidade de sair do partido por conta da situação.

As críticas de Paulo Garcia a gestão realizada por Iris Rezende (PMDB) e a afirmação de que a prefeitura foi entregue a ele, pelo peemedebista, com dívidas, durante a prestação de contas na última semana, foi a gota d’água. Era o que o diretório municipal precisava para pedir o fim imediato da aliança entre as duas siglas. O presidente do diretório e deputado estadual Bruno Peixoto, que já demonstrava inclinamento aà ruptura, criticou a fala do prefeito à imprensa. ele chegou a declarar que os dois partidos estavam rompidos, inclusive na Câmara de vereadores.

Porém, a posição de Bruno não encontrava eco em toda a bancada. O vereador Deníncio Trindade minimizou o impacto da crise, salientando que ainda esperava a posição oficial do diretório metropolitano.

Welington Peixoto, irmão de Bruno, declarou que ainda não tinha recebido oficialmente uma posição do diretório sobre a ruptura entre os dois partidos.

“Ficou ruim, porque o PMDB e o PT tem que ter maturidade nessa questão, pois da mesma forma que sentaram à mesa para fazer essa aliança, deviam sentar-se para desfazê-la”, afirmou o peemedebista, mostrando preocupada com a troca de acusações de ambas as partes. Para ele, essa situação prejudicaria a volta de uma eventual aliança no segundo turno das eleições municipais. Weligton afirmou que havia conversado com os vereadores Izídio Alves e Denício Trindade , e que os três ainda se posicionariam como aliados dos prefeitos dentro da Casa.

Para Wellington, a melhor forma de resolver a questão da posição dos parlamentares seria uma votação dentro do diretório metropolitano: “Eu defendo a permanência na base com o PT. Vamos ver como vai ser a situação, se vai ter votação. Temos três vereadores à favor e dois que são contra. Tem que ser o que a maioria decidir, acho que tem que ser assim”.

Desfiliação

Mizair Lemes Júnior é um dos cogitados para deixar o PMDB nos próximos dias, a depender da posição da sigla em relação à aliança com o Paço Municipal. Além dele, o vereador licenciado e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Paulo Borges, e o vereador Eudes Vigor, também estão entre os que poderão abandonar o ninho peemedebista. Nos bastidores, a filiação de Eudes ao PSDB já era dada como certa. 

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