Paulo Garcia mantém maioria na Câmara, mas base diminui
Prefeito petista ainda conta com o apoio individual de vereadores peemedebistas. Por enquanto.
Sara Queiroz
O prefeito Paulo Garcia (PT) deve manter boa parte da sua base na Câmara de Vereadores, mesmo com as mudanças de partidos de alguns deles, que deve acontecer até o início de abril. Estão de olho na reeleição. No mínimo, nove vereadores de Goiânia devem trocar de siglas até o fim da janela partidária, mas pouca coisa deve mudar em relação às votações dentro da Câmara.
O PMDB e o PSL são os partidos que mais devem perder vereadores: o primeiro já tem quatro desfiliados, e os socialistas liberais vão contabilizar menos três parlamentares, extinguindo a bancada. Pelos peemedebistas, já estão fora Mizair Lemes Júnior, Eudes Vigor, Denício Trindade e o vereador licenciado Paulo Borges.
Mizair, que reclamava da forma como o PMDB estava tratando as pré-candidaturas da chapa de vereadores, irá para o PR, que esse ano tem como candidato a prefeito o deputado federal Waldir Soares. Eudes Vigor deve ir para o PSDB também visando maior competitividade para as eleições. Denício Trindade ainda não definiu seu partido, enquanto Paulo Borges irá se filiar ao PSB, que tem Vanderlan Cardoso como pré-candidato à prefeitura.
Apesar do presidente municipal do PMDB, Bruno Peixoto, ter declarado na semana passada que os peemedebistas estavam rompidos com o prefeito na Câmara, os vereadores do partido ainda não têm uma posição oficial. Por isso, segundo Welligton Peixoto, a bancada continuam e pretende continuar apoiando o prefeito nas principais votações da Câmara.
O PSB também deve ganhar o vereador Jorge do Hugo, desfiliado do PSL. Também faziam parte do partido, Antônio Uchôa e Zander Fábio, que devem ir ao PMDB e PSDB ou PR, consecutivamente. Fábio Lima (PRTB) tem possibilidade de ir ao PSDB, PSB ou PR; Milton Mercêz (sem partido) conversa com PRB, e Cida Garcêz deve embarcar no Partido da Muher Brasileira (PMB).
Apesar do novo cenário da Casa, o vereador Paulo da Farmácia (Pros), componente do chamado “bloco independente”, que vota, na maioria das vezes com o prefeito Paulo Garcia, disse que pouca coisa deve efetivamente mudar. “Eu acho que o prefeito não vai ter problema aqui na Câmara com a base dele, não. Nós ainda continuamos com o bloco moderado e 90% a gente vota com a base”, avaliou.
Jorge do Hugo também acredita que pouco deve mudar no plenário, e que a maioria dos parlamentares que hoje vota com o petista, deve continuar.
PR deve ganhar até 3 vereadores
O vereador Felizberto Tavares (PR), que até então é o único vereador no partido, deve ganhar a companhia de mais dois ou três colegas na sigla. Ele disse que não haverá pressão para que os novos componentes mudem a posição dentro da Casa, e que se quiserem votar junto com o prefeito, não haverá impedimento. “Meu posicionamento sempre foi de liberdade. Por isso, todos os companheiros que vão chegar passrão a ter essa ideologia, de que todos tenham liberdade e tenham compromisso com a cidade também. Vamos discutir, debater antes de tomar qualquer decisão”, afirmou Tavares.
Para ele, a última legislatura da Casa, que começou em 2012, mostrou sempre independência para votar contra ou a favor das matérias do Paço Municipal, e que por isso, pouco deve mudar com as novas filiações.
A principal bancada de oposição ao prefeito Paulo Garcia é a do PSDB, que conta com seis vereadores, mas dev e crescer com novas filiações, que são esperadas para o início do mês de abril.