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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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Governo

Paulo Garcia compara ação do PMDB a ratos de navio

Prefeito de Goiânia repercutiu ontem a saída dos peemedebistas da sua base de apoio e o desembarque da legenda do governo de Dilma Rousseff

Postado em 31 de março de 2016 por Sheyla Sousa
Paulo Garcia compara ação do PMDB a ratos de navio
Prefeito de Goiânia repercutiu ontem a saída dos peemedebistas da sua base de apoio e o desembarque da legenda do governo de Dilma Rousseff

Sara Queiroz

Ao repercutir a saída do PMDB do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o prefeito petista Paulo Garcia disse que é normal que os ratos abandonem o navio nas primeiras turbulências, mas que a embarcação deve seguir desbravando mares e carregando homens e mulheres de bem. A afirmação foi feita ontem durante a inauguração da Escola de Governo Darci Accorsi, que contou com a presença da deputada e pré-candidata à prefeitura de Goiânia, Adriana Accorsi (PT). 

“Acho que é muito difícil para um partido se afastar de uma aliança depois de ter participado dela sem ter feito críticas contundentes em mais de 13 anos”, comentou, referindo-se ao PMDB. “É muito complexo, mas quem tem que dar explicações é quem toma esse posicionamento”, pontuou.

Para o petista, “os ratos normalmente descem do navio em qualquer sinal de turbulência, mas o navio continua a navegar, e é isso que temos que ter consciência”, declarou durante a abertura do evento. Disse que os momentos de dificuldade que o país enfrenta vão passar e ser superados. “O Brasil é mais forte que qualquer um individualmente, e as mulheres são muito mais forte que todos nós”.

Apesar das críticas, Paulo Garcia disse ver o rompimento do PT e PMDB como algo natural, já que segundo ele, em uma democracia as alianças são feitas e são rompidas.

Sobre o grau de aliança com o PMDB, em Goiânia, ele disse que o afastamento entre as duas legendas já havia sido anunciado, e que o considera como fato consolidado. Porém, ele ressalva que isso não significa, necessariamente, o afastamento das pessoas que são filiadas ao partido, referindo-se aos que integram a administração municipal. “O PMDB, em alguns momentos, tem dificuldade para desvincular suas posições políticas das administrativas”, comentou em tom de ironia. 

Adriana minimiza desgaste da gestão municipal 

A pré-candidata à prefeitura de Goiânia, Adriana Accorsi, minimizou os efeitos que o fim da aliança com o PMDB pode trazer ao governo Dilma Rousseff e a uma possível administração petista na capital, caso ganhe as eleições. Para ela, o fim de alianças deve ser vistas com tranquilidade, mas é preciso “ter em mente” que o PMDB dessa aliança por 13 anos, participando de todas as ações que foram realizadas pelo governo. “De agora em diante é outra história que nós vamos escrever com outros aliados”.

Adriana Accorsi disse que vai defender “com muita tranqüilidade” a gestão de Paulo Garcia, e as possíveis críticas, durante a campanha eleitoral desse ano. Segundo ela, há obras e ações da gestão municipal petista que continuaram, apesar das dificuldades econômicas e políticas que vive o Brasil. Ela também pretende resgatar e defender as ações realizadas pelas demais administrações petistas na capital.

“Temos muito serviço prestado a essa cidade, Estado e País, e teremos espaço durante nossa campanha para resgatar, conversar, defender isso. E além disso ainda vamos falar de tudo que podemos discutir para o futuro”, assegurou a deputada.

Paulo Garcia também disse que irá receber possíveis críticas de sua gestão durante a campanha eleitoral com naturalidade. O prefeito afirmou que tem percebido que “boa parte dos pré-candidatos tem um carinho, cuidado e distinção” ao falar do petista. “Eu acho que eu tenho uma característica que é inabalável: ninguém ousa dizer que eu cometi um ato que não seja idôneo, isso vai contar muito nesse momento”.

Sobre os impactos da crise política, que tem o PT no centro, afetar a candidatura petista em Goiânia, Paulo Garcia afirmou que alguns reflexos da conjuntura nacional podem ser levados para campanha. (SQ) 

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