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terça-feira, 26 de novembro de 2024
Saúde

Goiás entra em alerta contra a Síndrome do H1N1

Entre as providências adotadas está a vacinação dos profissionais da saúde e dos grupos prioritários

Postado em 3 de abril de 2016 por Sheyla Sousa
Goiás entra em alerta contra a Síndrome do H1N1
Entre as providências adotadas está a vacinação dos profissionais da saúde e dos grupos prioritários

A Secretaria da Saúde (SES) adota medidas para a prevenção e tratamento das pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que inclui, entre várias doenças, a influenza A (H1N1). Entre as providências adotadas está a vacinação dos profissionais da saúde e dos grupos prioritários (crianças de seis meses a menos de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, puérperas e portadores de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais), em Rio Verde, no Sudoeste goiano.

As pessoas do grupo prioritário que tomarem a vacina agora como medida preventiva, deverão tomar nova dose durante a Campanha Nacional de Vacinação deste ano, obedecendo um intervalo mínimo de 30 dias. A Secretaria da Saúde também disponibilizou para a Regional de Rio Verde, 25 mil doses da vacina contra a influenza utilizada na campanha de 2015, para que seja realizada uma vacinação emergencial, como medida profilática, no município.

“Adotamos essa medida para proteger a saúde das pessoas”, assinala o secretário Leonardo Vilela. Ele informa que a Campanha de Vacinação Contra a Influenza 2016 será de 30 de abril a 20 de maio, em todo o País. A vacina contra a influenza é contra indicada à pessoas com alergia comprovada a ovo ou histórico de reação anafilática (aguda, súbita e grave, que compromete o organismo, tais como diminuição da pressão arterial, taquicardia, dificuldade para respirar, entre outras). Algumas pessoas podem ter reações adversas, como dor no local, febre e dor de cabeça; essas reações costumam passar em poucas horas.

Tratamento

As secretarias municipais de Saúde, com o apoio da SES, estão assegurando o tratamento das pessoas que contraíram a SRAG por H1N1. Todas estão sendo atendidas em unidades, de acordo com o quadro apresentado (centros de saúde, hospitais e unidades de terapia intensiva) recebendo o medicamento específico para a doença – Tamiflu, distribuído gratuitamente pela rede pública de saúde. Além disso, estão recebendo, quando necessário, a assistência adequada para o tratamento da sintomatologia da doença, como por exemplo o uso de oxigênio e ventilação mecânica.

As equipes médicas também estão prescrevendo o medicamento Tamiflu às pessoas que têm contato próximo com o paciente e/ou que convivem no mesmo ambiente. Entre estas estão os familiares, vizinhos e colegas de trabalho. A medida, acentua o secretário, é indicada como profilaxia. Ele orienta as pessoas com gripe a permanecerem em casa, evitando as aglomerações. “Isso evita novos contágios”, afirma.

Ao constatar a existência de casos, em Rio Verde, a SES manteve contatos com o Ministério da Agricultura e com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) para a adoção de medidas preventivas. Tal iniciativa foi adotada pelo fato de a influenza por H1N1 ser caracterizada como zoonoses e pelo fato de o município ter tradição na agropecuária. A Agrodefesa visitou propriedades de Rio Verde, e descartou o contagio de Influenza A em suínos. Técnicos dessa agência monitoram os animais, para identificar qualquer problema. 

SES pede atenção aos sintomas da gripe 

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é um quadro clínico caracterizado pela presença da Síndrome Gripal (SG), associada, a pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas: dispneia, desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória, piora nas condições clínicas das doenças da base e hipotensão. Este quadro é causado por uma série de doenças respiratórias, entre as quais a influenza A (H1N1).

Contatado um surto de casos em Rio Verde. No total, foram 12 casos investigados de Síndrome Respiratório Aguda Grave (SRAG). “O número de casos no município fez a gente ligar o sinal de alerta”, afirma o secretário da Saúde, Leonardo Vilela. Dos 12 casos investigados, foram confirmados 4 de influenza por A/H1N1, dos quais um evoluiu para morte. Ele complementa que os números são preliminares e podem alterar, dependendo do envio dos dados dos municípios e da avaliação da área técnica da SES.

Em 2015, Goiás notificou 328 casos de SRAG, com 64 mortes. Dos 37 casos de SRAG por influenza, 12 foram encerrados como influenza B, com 3 mortes; 23 casos como influenza A/H3N2, com 7 mortes; um como Influenza A não subtipado, com uma morte; um de H1N1, com uma morte.

 

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