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domingo, 29 de dezembro de 2024
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Barbosa discorda de relatório e diz que não há crime de responsabilidade

Durante encontro em São Paulo o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa disse não concordar com relatório do deputado Jovair Arantes

Postado em 7 de abril de 2016 por Redação
Barbosa discorda de relatório e diz que não há crime de responsabilidade
Durante encontro em São Paulo o ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nessa
quinta-feira (7) que não há crime de responsabilidade que justifique o
impeachment da presidenta Dilma Rousseff e discordou do relatório do deputado
Jovair Arantes (PTB-GO), que apresentou parecer favorável ao seu impedimento na
Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Barbosa participou nesta manhã do
encontro Itaú Macrovision 2016, no Hotel Unique, na capital paulista.

“O relator, obviamente, tem liberdade para formar a
opinião dele. Eu respeito e discordo do relatório do deputado Jovair, acho que
a comissão vai analisar isso, com os elementos, com a defesa do governo, tem o
relatório. O Congresso vai analisar o resultado da comissão e, o mais
importante, a história brasileira vai analisar todo esse processo no futuro”,
disse.

O ministro ressaltou que, mesmo na atual situação de
“impasse político”, as iniciativas econômicas não podem ficar paralisadas. No
evento, voltado para convidados do banco Itaú, Barbosa destacou que é preciso
evitar as chamadas “guerras santas da teoria econômica”, que, na opinião do
ministro, são equivocadas ao defender corte de demanda, e acreditar que isso
resolveria tudo. “Nosso problema é muito mais complexo, temos de adotar medidas
de estabilização”, disse ele.

Barbosa defendeu que o governo precisa evoluir de medidas
de ajuste para a reforma fiscal. Embora as reformas estruturais gerem impacto
apenas em longo prazo, a sinalização de que o Estado passaria a ter controle de
suas despesas resultariam na melhoria da avaliação de risco e no equilíbrio na
taxa de câmbio, destascou o ministro.

Além disso, o ministro disse que o governo promoveu a
estabilidade dos pagamentos de servidores federais, na contramão dos estados, e
o custeio da máquina do governo teve queda de 7% a 8%, excluído o gasto com
energia. “No ano passado, foi feito o maior contingenciamento da história.
Apesar de todo esse esforço, o governo não conseguiu cumprir a meta, o que
ocorreu pela queda de arrecadação maior que o mercado e o governo esperavam”,
disse. 

(Agência Brasil) Imagem/Fotos Públcias

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