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sábado, 23 de novembro de 2024
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OCDE

França quer que OCDE classifique Panamá como paraíso fiscal

País consta de uma lista de 30 paraísos fiscais divulgada pela Comissão Europeia em junho de 2015

Postado em 7 de abril de 2016 por Sheyla Sousa
França quer que OCDE classifique Panamá como paraíso fiscal
País consta de uma lista de 30 paraísos fiscais divulgada pela Comissão Europeia em junho de 2015

A França vai pedir à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) que siga o seu exemplo e reclassifique o Panamá como paraíso fiscal, na sequência da investigação conhecida como Panama Papers (Papéis do Panamá), disse o ministro das Finanças francês, Michel Sapin. Questionado pela rádio francesa Europe 1, Sapin afirmou que quer que a OCDE se reúna para que a mesma decisão [da França em relação ao Panamá] seja tomada por todos os países envolvidos.

Sapin anunciou ontem que a França voltará a incluir o Panamá na lista de países que não cooperam no combate à evasão fiscal, por causa do caso Panama Papers. “A França decidiu voltar a pôr o Panamá na lista de países não cooperativos, com todas as consequências que isso implica a quem fizer transações” financeiras com aquele país da América Central, disse Sapin no Parlamento francês.

O Panamá “queria que acreditássemos que podia respeitar os grandes princípios internacionais. Foi assim que conseguiu evitar a presença na lista negra de paraísos fiscais”, acrescentou o ministro. A França retirou o Panamá da lista de Países e Territórios Não Cooperativos em 2012, depois de os dois países fecharem acordo sobre o combate à evasão fiscal.

O Panamá consta de uma lista de 30 paraísos fiscais divulgada pela Comissão Europeia em junho de 2015, juntamente com Hong Kong, na Ásia, Mônaco, Andorra e Guernsey, na Europa, e territórios caribenhos, com as Ilhas Cayman e as Ilhas Virgens britânicas.

O Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), um organismo intergovernamental de luta contra a lavagem de dinheiro, retirou o Panamá de sua “lista negra” no início deste ano.

Os Papéis do Panamá são o resultado da maior investigação jornalística da história, divulgada na noite de domingo (3), envolvendo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla em inglês), com sede em Washington. Na investigação são destacados os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.

A investigação inclui cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de atividade da empresa panamenha Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de patrimônio, com informações sobre mais de 214 mil empresas offshore em mais de 200 países e territórios. A partir dos Papéis do Panamá, a investigação mostra que milhares de empresas foram criadas em offshores e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu patrimônio, entre eles o rei da Arábia Saudita, pessoas próximas do presidente russo Vladimir Putin. (Agência Brasil) 

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