Assim como humanos, cães sentem e lutam pela vida
Conheça a história de Mel, cadela que pode sobreviver com sua ajuda
Você chega em casa e os encontra eufóricos, abanando o rabo, felizes com a sua volta ao lar. Em outros momentos, os olhinhos parecem entristecidos e o rabo entre as pernas demonstra que há algo errado. Os melhores amigos do homem, os cães, podem ser ainda mais próximos dos donos do que se imaginava. Um estudo realizado pelo professor de neurociência da Emory University, Gregory Berns, comprova que os cachorros têm sentimentos assim como os seres humanos.
O que é novidade para a ciência, não é surpresa alguma para quem tem um cãozinho. Como é o caso de Maria Sônia Evangelista, 44, que cuida não apenas de um, mas de dois pets: Sansão e Mel, de quatro e 12 anos. Além dos cachorros, ela também possui nove gatos, entre eles a Faísca, que perdeu o irmão Fumaça, e o Coração, que Maria afirma ter uma pinta no formato exato de um coração na barriga.
O Sansão e os gatinhos foram encontrados na rua e adotados por Sônia. Por outro lado, a Mel foi adotada de conhecidos assim que nasceu. Com mais de uma década de convivência e afeto, a mulher identifica como ninguém como a cadela se sente. Infelizmente, na maior parte do tempo, o que ela demonstra não é alegria canina. Há pouco mais de um ano, Mel começou a apresentar uma protuberância na barriga, que não afeta apenas o seu humor, mas a saúde do animal.
Apesar das dificuldades financeiras, a dona conseguiu levá-la ao veterinário e veio a confirmação, se trata de um tumor cancerígeno, que precisa ser retirado. “Quando o caroço apareceu, eu pegava na barriga dela e chiava. Levei na veterinária, mas a cirurgia na época ficou em R$ 4 mil, fora a anestesia. Eu não tenho condições de pagar”, conta.
Infelizmente, outra grande semelhança entre os cães e os seres humanos é o alto índice de desenvolvimento de câncer, que também é comum entre os bichos e, o pior, também como nas pessoas. A doença não dá trégua. Hoje o tumor de Mel se desenvolveu ainda mais e tomou uma proporção que impede a cadela até mesmo de caminhar.
Além da falta de recursos para o tratamento médico de Mel, em tempos de crise, a alimentação dos bichos de estimação também é algo que pesa. “A ração está muito cara, eu só consigo comprar de pouco a pouco e acaba rápido”, desabafa a senhora. Apesar de receber algumas doações de voluntários, a demanda dos animais por alimentação continua grande.
Profissionais e pessoas em geral que queiram ajudar podem entrar em contato pelo telefone (62) 9127-2141, ou ainda realizar doações para a conta bancária de Sônia: Banco Caixa – Agência – 1551 – Operação 023 – conta corrente 685-6. (Jéssica Chiareli)