Polícia desarticula quadrilha de tráfico interestadual de drogas
O suposto líder da organização criminosa, Paulo Reimon Vieira de Aguiar, vivia em um condomínio de luxo na Capital
Jéssica Chiareli
Oito suspeitos foram presos na manhã de hoje (8) durante a
Operação Migratio, da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc). De
acordo com as investigações, os acusados fazem parte de uma organização
criminosa especializada em tráfico interestadual de drogas. Os mandados de prisão e busca e apreensão
foram realizados em Goiânia e Aparecida.
Entre os presos está o suposto líder da quadrilha, o
empresário Paulo Reimon Vieira de Aguiar. Segundo o delegado Alécio Moreira,
titular da Denarc, ele se mudou para Goiânia após ser condenado por tráfico e roubo
em São Paulo e cumprir parte da pena. Após se mudar para Goiás, ele continuou com
a atividade ilícita. De acordo com as investigações, Aguiar chegou a abrir uma
empresa de locação de caçambas para lavar o dinheiro do tráfico.
Com o lucro conseguido com o tráfico Paulo Reimon ostentava
um alto padrão financeiro. O suspeito foi preso em um bairro nobre, onde
guardava vários carros de luxo. As investigações apontam que o acusado importava
drogas do norte do país, principalmente do Estado do Pará, para Goiânia, onde era
distribuição, inclusive para São Paulo.
Apreensão
Além de Paulo, as outras sete pessoas presas eram associadas
ao comércio de drogas. Com uma delas, Rogério Mendes dos Santos, foram
encontrados 68 quilos de insumos próprios para diluição de cocaína, além de 1,5
quilo da substância. Ainda durante a operação, nove veículos e três caminhões
foram apreendidos, além de computadores e centenas de documentos, que passarão
por perícia.
Crimes
Outros crimes associados ao grupo já foram registrados na
Denarc, entre eles, um carregamento de 42 quilos de pasta base de cocaína,
apreendido em 22 de fevereiro, em Goiânia. A droga, que estava na posse de
Evandro Carlos Pereira e Tiago de Souza Thomé, pertencia a Reimon. De acordo
com o delegado, as investigações continuam principalmente em relação aos crimes
de lavagem de capital.
Foto: Wildes Barbosa