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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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CRISE POLÍTICA

Edinho Silva nega esquemas de propinas em campanha de Dilma

Em nota, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República disse que as acusações são “mentirosas”

Postado em 10 de abril de 2016 por Redação
Edinho Silva nega esquemas de propinas em campanha de Dilma
Em nota

O ministro-chefe da
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva,
disse ontem (9), em nota, que são “mentirosas” as alegações sobre a
existência de um esquema de propinas envolvendo empresas responsáveis por obras
do governo federal, cujo objetivo seria financiar a campanha de 2014 da
presidenta Dilma Rousseff à reeleição.

Segundo a reportagem, Azevedo entregou uma
planilha à Procuradoria-Geral da República (PGR) com a informação sobre
doações. A planilha foi detalhada tanto por Otávio Marques quanto pelo
ex-executivo da construtora Flávio Barra, em depoimentos colhidos em fevereiro
durante a negociação da delação com a procuradoria.

De acordo com reportagem do jornal Folha
de S.Paulo, publicada na quinta-feira (7), o ex-presidente da Construtora
Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo disse em delação premiada à
força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, que a empresa pagou propina
oriunda de obras superfaturadas no formato de doações legais de campanha.

Edinho Silva assumiu a coordenação
financeira da campanha de Dilma em julho de 2014, quando a Lava Jato
encontrava-se em pleno andamento, com a missão de “blindar a campanha de
qualquer fato que estivesse vinculado às denúncias”, afirma ele, em nota
divulgada neste sábado.

Azevedo disse aos procuradores que a
propina tinha origem em contratos da empreiteira para execução das obras do
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Usina Angra 3 e a
Hidrelétrica de Belo Monte. Ainda segundo a reportagem, a delação aguarda a
homologação, por parte do ministro Teori Zavascki. A PGR ainda não se
pronunciou a respeito.

Em sua defesa, o ministro diz que não
poderia ter participado de conluio envolvendo obras federais durante a campanha
presidencial, pois não detinha cargo na administração federal antes de 2015.
“Como eu poderia, portanto, ter atuado em 2014 como articulador de um conluio
envolvendo obras e contratos do governo federal? Isso não existe. Esta é uma
acusação totalmente descabida e grosseira”, segundo o texto.

Na nota, Edinho confirmou ter se reunido
com Otávio Marques no comitê de campanha da chapa Dilma-Temer, em Brasília,
onde o executivo teria comparecido por livre e espontânea vontade para
estabelecer, ele mesmo, os valores e datas para o depósito das doações de
campanha à chapa Dilma-Temer.

“As doações foram declaradas à Justiça
Eleitoral, e os valores mostram que a campanha Dilma-Temer recebeu, inclusive,
um valor inferior ao doado ao candidato adversário no segundo turno. Essa é a
verdade. O restante é uma tentativa escandalosa de criminalizar doações legais
que seguiram as regras e normas da legislação brasileira”, acrescentou.

Edinho Silva disse que
planeja entrar com ações judiciais contra Otávio Marques, a depender do
esclarecimento sobre detalhes da delação premiada do executivo, solicitado por
meio de interpelação legal. (Agência Brasil) 

Foto: reprodução

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