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sábado, 23 de novembro de 2024
Banco Central

Mercado financeiro volta a projetar inflação em 2017 abaixo da meta

Boletim Focuz, do Banco Central, diz que, para 2017, estimativa da inflação caiu de 6% para 5,95%, voltando a ficar abaixo do teto da meta

Postado em 11 de abril de 2016 por Redação
Em 12 meses
Na taxa acumulada em 12 meses

Para este ano, as instituições financeiras reduziram a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 7,28% para 7,14%, pela quinta vez seguida. Para 2017, estimativa caiu de 6% para 5,95%, voltando a ficar abaixo do teto da meta.

O limite superior da meta é 6,5%, este ano, e 6% em 2017. Mas as projeções para este ano e 2017 ultrapassam o centro da meta de 4,5%. As estimativas fazem parte do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente às segundas-feiras pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

A projeção de instituições financeiras para a queda da economia este ano foi alterada pela décima segunda vez consecutiva, ao passar de 3,73% para 3,77%. Para 2017, a expectativa de crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB) foi mantida em 0,30%.

Em um cenário de retração da economia, as instituições financeiras esperam que o BC reduza a taxa básica de juros, a Selic, este ano. A expectativa para a taxa ao final de 2016 segue em 13,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa é que ela chegue a 12,25% ao ano.

Efeitos da Selic

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o BC barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi ajustada de 7,41% para 7,40% este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,67% para 7,47%, em 2016. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), foi ajustada de 7% para 7,27%, em 2016.

A projeção para os preços administrados foi alterada de 7,40% para 7,20%, este ano, e de 5,50% para 5,70% em 2017. A estimativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 4 no fim de 2016, e em R$ 4,10 ao final do próximo ano. (Agência Brasil)

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