Para Jovair Arantes há “fatos gravíssimos, que atentam contra a Constituição”
Relator do impeachment foi o primeiro a se pronunciar na sessão deste domingo (17)
Da redação
O deputado Jovair Arantes (PTB-GO) foi o primeiro a se pronunciar na sessão da Câmara deste domingo (17), relator do processo de impeachment na câmara, ele defendeu a abertura do procedimento e argumentou que há “fatos gravíssimos, que atentam contra a Constituição”.
Antes de iniciar a defesa de seu parecer, o relator do impeachment afirmou ter “orgulho” de integrar o Legislativo e disse que a Câmara se tornou forte e deixou de ser “puxadinho” do Executivo.
Jovair também lembrou que a condução dos trabalhos na comissão especial que analisou o caso teve “a mais ampla transparência”. “Foram realizadas 11 sessões e ocorreram quase 50 horas de debate na comissão. Esse processo tem se caraterizado pela mais ampla transparência”, disse.
“Relembro os colegas que estamos decidindo esta questão com legitimidade constitucional. Democracia não se resume a contagem de votos. É muito mais que votação popular. Não se pode tudo por conta de um número de votos. Democracia é respeitar as instituições e, principalmente, ser transparente no trato das finanças públicas”, defendeu.
A sessão, aberta pontualmente às 14h pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai decidir se os parlamentares abrem ou não processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Jovair Arantes afirmou que ser eleito não significa “poder tudo” e que os 54 milhões de votos recebidos pela presidente Dilma Rousseff, na eleição de 2014, não a autorizam a violar a Constituição e “massacrar a economia”. “É hoje, agora nesse parlamento, que vamos dar uma resposta à população brasileira,” disse Jovair.
O relator afirmou que não ver diferença entre aqueles que se apropriam do dinheiro público, praticando atos de corrupção, daqueles que mascaram a verdadeira situação econômica do país para sustentar seu “projeto de poder”.
Jovair afirmou que não ver o processo de impeachment como um “golpe”, conforme acusam governistas, visto que está amparado pela Constituição. “O impeachment de agora não é um golpe, é um instrumento legítimo e constitucional, que permite a fiscalização e controle de um poder em relação a outro”, disse.