Centenas de pessoas aparentemente morreram em uma nova tragédia com imigrantes no mar Mediterrâneo, informou nesta segunda-feira o presidente da Itália, Sergio Mattarella.

Segundo a mídia italiana, até 400 imigrantes teriam morrido em naufrágios perto da costa do Egito, durante uma tentativa de travessia para a Europa. Os passageiros viajavam em quatro embarcações, de acordo com a BBC, que cita fontes egípcias. A maioria era procedente da Somália, mas haveria também etiópios e eritreus.

Durante uma cerimônia de premiação em Roma, Mattarella disse que a Europa precisa refletir sobre “mais uma tragédia no Mediterrâneo na qual, aparentemente, centenas de pessoas morreram”. Ele não deu detalhes.

“É verdadeiramente necessário pensar neste assunto. Isso nos lembra de mais uma tragédia atual no Mediterrâneo, aparentemente com centenas de mortos, a um ano da tragédia em que morreram 800 pessoas. Pensar é necessário”, comentou o presidente.

O episódio acontece exatamente um ano após uma outra tragédia marítima envolvendo imigrantes: no dia 18 de abril de 2016, cerca de 800 pessoas morreram no Canal da Sicília, a cerca de 96 quilômetros da Líbia.

O embaixador da Somália no Egito confirmou o incidente e disse que está avaliando as ações a serem tomadas. A imprensa somali diz que as equipes de resgate conseguiram salvar, até o momento, cerca de 30 pessoas.

Na internet, a guarda costeira italiana publicou um vídeo com imagens de um resgate de imigrantes na costa mediterrânea do último domingo.

Em outra operação, seis cadáveres foram recuperados na noite de domingo sobre uma pequena embarcação repleta de imigrantes no Canal da Sicília, em direção à Itália. Foram salvas 108 pessoas, das quais cinco eram mulheres.

No entanto, esta segunda operação também gera preocupação entre as autoridades. Os náufragos resgatados da embarcação que inteiramente submersa relatam que deve haver pelo menos vinte pessoas perdidas no mar vindos de diversos países africanos. (Agência O Globo)